Participando do quarto amigo secreto neste mês de Dezembro, eu me deparo com a dificuldade de escolher o presente adequado à pessoa escolhida. Na maior parte das vezes nós conhecemos um pouco aquele a quem vamos presentear.
Mas, pode acontecer, como é o meu caso agora, que eu não conheço bem os gostos, as preferências, nem a maneira de ser do meu amigo. E posso errar ao comprar um presente que ele não aprecie. Quem de nós já não enfrentou esta situação?
Amigo secreto tem tudo a ver com o titulo. Ele, em alguns momentos, é tão secreto, que nem podemos supor como agir com ele, o que lhe oferecer. Temos que lidar com a possibilidade de agrada-lo ou não. Satisfaze-lo ou deixa-lo com a sensação de que estamos lhe pregando uma peça.
Nossos relacionamentos passam por estas circunstâncias próprias do final de ano. Eu nao estou me referindo ao evento promovido pelas empresas e entidades. Mas ao dia-a-dia, em que convivemos com pessoas próximas de nós e que, apesar disso, podem continuar como desconhecidos. Nem sempre nossas palavras são adequadas porque podemos agredir os que convivem ao nosso lado por conta do estresse, ansiedade e correria.
As reações que adotamos com as pessoas podem ser reflexo da nossa insegurança emocional e da ausência de maturidade em descobrir o outro de maneira mais plena. Presentes precisam refletir o clímax de um relacionamento amistoso, maduro e cheio de amor.
Meu desejo é que neste Natal voce adote a resolução de, no próximo ano, aprofundar mais seus relacionamentos com as pessoas, conhecendo-as melhor a partir do ato de ouvi-las e tentar descobrir o porque de suas reações. Na maior parte do tempo queremos nos impor sobre o outro, acreditando que somos donos da verdade e que o unico ponto de vista certo é o nosso.
Pratique a humildade, afinal, não somos apenas nós que ensinamos, mas também aprendemos com os outros, suas histórias, suas ansiedades e medos, e também a esperança que todos nutrimos na ajuda real do Salvador Jesus, que, "sendo em forma de Deus, nao julgou como usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tornando-se semelhante aos homens" (Filipenses 2.5-7). Ele pode nos ajudar na caminhada de conhecimento do outro, e conseqüente, amor, tolerância, solidariedade e restauração.