segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PORQUE EU NÃO COMEMORO O HALLOWEEN.


                            
                              Se você achou que eu ia dizer que não comemoro porque a festa contém elementos do ocultismo, se enganou.  Se imaginou que eu ia combate-la por não ter nada a ver com a cultura brasileira, já que se trata de mais um enlatado norte-americano, também se equivocou. Achou  que eu ia dizer que não comemoro porque sou herdeiro da Reforma Protestante,  cuja data cai no mesmo dia? Também  não é por isso.

                           Eu não comemoro Halloween porque estou cansado de comemorar coisas irrelevantes  ou datas que não dizem nada a respeito da vida cotidiana e das necessidades humanas. Não acredito em bruxas, você já deve ter percebido. Não sei porque dedicar um dia a algo inexistente. É como criar o dia do extraterrestre. Nada contra se você crê neste negócio. Cada um com seus valores.

                            Gosto de festas, mas daquelas que tem algum sentido real: o aniversario de uma pessoa querida; o casamento de um amigo; os 15 anos de uma filha ; a formatura da faculdade;  o Natal; a Páscoa; a entrada de um novo ano. Esses são acontecimentos que merecem o riso, a alegria, a celebração. Pessoas estão felizes e querem dividir isso com seus queridos.

                            Mas fazer festa para uma bruxa, um santo, um personagem que viveu há vários séculos, alguém que eu nem sei quem é, nunca vi na minha frente, não participa da minha historia nem dos meus risos e prantos, não me ajuda em meus problemas, não paga minhas contas e nem sabe quem é minha família,  para mim não merece festa, nem mesmo uma bandeirinha solitária na frente de casa.

                        Eu decidi comemorar aquilo que realmente traz sentido para minha vida e me ajuda a melhorar meu caráter. Por isso comemoro o Natal e a Páscoa, porque para mim, Jesus Cristo é o centro da minha própria historia porque mudou radicalmente meus valores de vida e a forma como eu enxergava os acontecimentos. Eu decidi coloca-lo como centro e Senhor da minha existência por acreditar em tudo o que ele disse e ensinou. Não preciso vê-lo para crer nele pois tenho o registro da sua palavra que permanece há séculos sendo lida por toda a humanidade.

                                No mais, fora estas datas, não comemoro mais dia nenhum como um dia santo, especial, sagrado ou místico. Não quero nem gostosuras, nem travessuras. Primeiro porque gasto muito dinheiro para tratar dos meus dentes e não quero mais ter cáries, além de desejar manter-me saudável e no peso certo. Segundo porque travessuras que eu gosto são as do meu filho; não suporto travessuras de outras crianças.

                              Além disso eu acho ruim esta proposta: travessuras ou gostosuras. Ela incentiva uma relação de interesses entre as pessoas, do pior tipo que existe: eu te deixo em paz desde que você me dê o que eu quero. Ainda bem que eu não nasci na América. Acho que neste dia eu viajaria para algum país do Oriente.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

POR FORA, BELA VIOLA....


“Portanto, glorifiquem a Deus com o seu corpo”.                                  1 Coríntios 6:20.

                                         Ter um corpo ideal, construído pelos recursos disponíveis da ciência, representa para muitos um símbolo de poder. Além da politica e da economia existe uma forma mais contemporânea de poder que é a do corpo. O corpo como poder é explorado à exaustão pela mídia;  ele fornece todo o capital necessário para venda de novas tecnologias.

                                            O corpo vende de tudo: de cervejas à produtos de beleza; de lingerie à carros; de perfumes à medicamentos. È impossível negar o poder que foi atribuído ao corpo humano nas últimas décadas. Para se conseguir um bom emprego não basta o currículo, é preciso ser jovem e bonito. Se duas mulheres disputarem uma vaga com o mesmo portfólio, mas uma for gordinha e a outra uma modelo, qual das duas você acha que vai ser escolhida?



                                        No entanto, usar o corpo como símbolo de poder revela uma grande deficiência na construção do caráter. Quem usa o corpo para seduzir, para negociar, conseguir o que deseja, está se baseando em algo extremamente frágil, já que os padrões de beleza se alteram a cada década e manter o mesmo padrão na medida em que se envelhece é impossível. Uma mulher de 30 anos ou mais nunca terá o corpo de uma adolescente, por mais que o mercado da beleza diga que sim. È questão de genética e não de estética.




                                                   E sempre que desejamos o poder, seja ele politico, financeiro ou estético algo está em desajuste no nosso interior. Para que desejamos o poder? Qual é a atração que essa palavra causa em nós? Paulo afirma que nosso corpo deve ser empregado para glorificar a Deus: ““Portanto, glorifiquem a Deus com o seu corpo”. A palavra “glorificar” vem de ‘doksa’ que significa ‘honra’.  A exortação de Paulo é que honremos a Deus com o nosso corpo. 

                                               O corpo deve ser, portanto, um veiculo de Deus no mundo. Não uma forma de chamar a atenção para nós e sim refletir a beleza de Deus. Não um meio de sedução, mas um instrumento de promoção dos valores do Espirito Santo, coisas como amor, alegria, bondade, paciência

                                               Mulheres podem conquistar um homem pelo fascínio do seu corpo mas podem perde-lo pela rudeza de suas almas. Podem atrai-lo pelo perfume mas não podem segura-lo se não exalarem a verdadeira feminilidade marcada pela doçura, ternura, amabilidade.

                                              Isso mostra que o corpo pode ser uma armadilha: linda e sem revelar qualquer perigo. Mas se o coração não tiver conteúdos,  aquele que foi atraído somente pela beleza será como pássaro numa gaiola. Ansiando pela liberdade ainda que tardia.



                                                    A pergunta é:  nosso corpo tem sido usado para honrar a Deus? Nossas palavras curam ou ferem? Perdoamos ofensas ou nos vingamos das pessoas? Somos fiéis no casamento ? Falamos da nossa fé em Jesus ou só falamos dos últimos lançamentos da moda? Estamos caminhando para iniciar um novo tipo de vida com Deus ou continuamos agarrados àquilo que é passageiro?  Nosso verdadeiro interesse é o corpo, ou a alma? Glorificamos a Deus ou o nosso próprio espelho?

                                                  A Bíblia conta a historia da mulher de Ló. Pertencente à aristocracia de Sodoma e Gomorra, resistiu ao apelo de Deus para mudar de cidade, já que estas duas iriam ser destruídas. Enquanto as filhas e o pai fugiam, ela decidiu ficar olhando para trás, saudosa daquela vida. Foi transformada numa estátua de sal. Era assim um monumento, mas sem vida, sem brilho. Um marco a registrar um passado extinto, nada mais.

                                                           Deus chama a você e a mim a mudarmos de atitude, buscando aquilo que nos torna bonitos e repletos de conteúdo interior : os valores contidos na sua Palavra. Ele espera que usemos nosso corpo para refleti-lo entre as pessoas, expandindo seu Reino  em ambientes tão cheio de crises e desgraças humanas.

POR FORA, BELA VIOLA....


“Portanto, glorifiquem a Deus com o seu corpo”.                                  1 Coríntios 6:20.

                                         Ter um corpo ideal, construído pelos recursos disponíveis da ciência, representa para muitos um símbolo de poder. Além da politica e da economia existe uma forma mais contemporânea de poder que é a do corpo. O corpo como poder é explorado à exaustão pela mídia;  ele fornece todo o capital necessário para venda de novas tecnologias.

                                            O corpo vende de tudo: de cervejas à produtos de beleza; de lingerie à carros; de perfumes à medicamentos. È impossível negar o poder que foi atribuído ao corpo humano nas últimas décadas. Para se conseguir um bom emprego não basta o currículo, é preciso ser jovem e bonito. Se duas mulheres disputarem uma vaga com o mesmo portfólio, mas uma for gordinha e a outra uma modelo, qual das duas você acha que vai ser escolhida?



                                        No entanto, usar o corpo como símbolo de poder revela uma grande deficiência na construção do caráter. Quem usa o corpo para seduzir, para negociar, conseguir o que deseja, está se baseando em algo extremamente frágil, já que os padrões de beleza se alteram a cada década e manter o mesmo padrão na medida em que se envelhece é impossível. Uma mulher de 30 anos ou mais nunca terá o corpo de uma adolescente, por mais que o mercado da beleza diga que sim. È questão de genética e não de estética.




                                                   E sempre que desejamos o poder, seja ele politico, financeiro ou estético algo está em desajuste no nosso interior. Para que desejamos o poder? Qual é a atração que essa palavra causa em nós? Paulo afirma que nosso corpo deve ser empregado para glorificar a Deus: ““Portanto, glorifiquem a Deus com o seu corpo”. A palavra “glorificar” vem de ‘doksa’ que significa ‘honra’.  A exortação de Paulo é que honremos a Deus com o nosso corpo. 

                                               O corpo deve ser, portanto, um veiculo de Deus no mundo. Não uma forma de chamar a atenção para nós e sim refletir a beleza de Deus. Não um meio de sedução, mas um instrumento de promoção dos valores do Espirito Santo, coisas como amor, alegria, bondade, paciência

                                               Mulheres podem conquistar um homem pelo fascínio do seu corpo mas podem perde-lo pela rudeza de suas almas. Podem atrai-lo pelo perfume mas não podem segura-lo se não exalarem a verdadeira feminilidade marcada pela doçura, ternura, docilidade.

                                              Isso mostra que o corpo pode ser uma armadilha: linda e sem revelar qualquer perigo. Mas se o coração não tiver conteúdos,  aquele que foi atraído somente pela beleza será como pássaro numa gaiola. Ansiando pela liberdade ainda que tardia.



                                                    A pergunta é:  nosso corpo tem sido usado para honrar a Deus? Nossas palavras curam ou ferem? Perdoamos ofensas ou nos vingamos das pessoas? Somos fiéis no casamento ? Falamos da nossa fé em Jesus ou só falamos dos últimos lançamentos da moda? Estamos caminhando para iniciar um novo tipo de vida com Deus ou continuamos agarrados àquilo que é passageiro?  Nosso verdadeiro interesse é o corpo, ou a alma? Glorificamos a Deus ou o nosso próprio espelho?

                                                  A Bíblia conta a historia da mulher de Ló. Pertencente à aristocracia de Sodoma e Gomorra, resistiu ao apelo de Deus para mudar de cidade, já que estas duas iriam ser destruídas. Enquanto as filhas e o pai fugiam, ela decidiu ficar olhando para trás, saudosa daquela vida. Foi transformada numa estátua de sal. Era assim um monumento, mas sem vida, sem brilho. Um marco a registrar um passado extinto, nada mais.

                                                           Deus chama a você e a mim a mudarmos de atitude, buscando aquilo que nos torna bonitos e repletos de conteúdo interior : os valores contidos na sua Palavra. Ele espera que usemos nosso corpo para refleti-lo entre as pessoas, expandindo seu Reino  em ambientes tão cheio de crises e desgraças humanas.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Que índice mede a sua vida?

                    
                           Existe, em nossa cultura, uma preocupação obsessiva para reduzir o IMC, Índice de Massa Corporal, por razões estéticas.


Somos herdeiros do pensamento grego do culto ao corpo, e quanto mais tecnologia produzimos mais pressionados somos a nos enquadrar em medidas que nos são impostas pela cultura vigente, pelo Mercado, pela mídia ou até por neuroses próprias em nos enxergarmos como o 'patinho feio' do universo. 


Os gregos cultuavam Afrodite ou Vênus, a deusa da perfeita beleza, que nasceu no mar, fruto dos testículos do deus Céu, arrancados por seu filho numa luta. 


A fecundação do mar fez surgir a linda deusa Vênus, ou Afrodite, conforme o nome que lhe deram os gregos, que dos pés à cabeça, era o paradigma da perfeição e do ideal.


 Em Corinto, o seu culto exigia a promiscuidade com a intenção de, no ato sexual, o adorador, adquirir parte da beleza da deusa em seu próprio corpo. 


As sacerdotisas de Vênus se promiscuíam com homens e mulheres prometendo lhes transmitir a semente da juventude perpétua e de beleza duradoura. 


O apostolo Paulo passa por aquela cidade e anuncia o único e verdadeiro Deus personificado em seu Filho, Jesus Cristo. 
Muitos daquela cidade se convertem à nova fé, e deixam de lado essa veneração por Vênus. 


Passam a adorar somente Deus e seu Filho. 


Para eles, Paulo escreve: "O  corpo de vocês é santuário do Espírito Santo, que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus".                                     
 ( 1 Coríntios 6:19 ).


Eles passam por uma mudança profunda e radical.
 Deixam de se medir pelo ideal da beleza que é efêmera e começam a cultivar uma beleza interior, que é própria da ação do Espirito Santo em seus corações: amor-alegria-paz-paciência-bondade-fidelidade-mansidão-autocontrole. 


Os corintios convertidos a Jesus Cristo usam outra fita métrica :  a do coração, aquela que complementa a beleza física. 
Sem ela, qualquer modelo de passarela é apenas um corpo bonito, desfilando por alguns minutos diante de uma platéia.
 Nada mais.  


Nós somos forçados diariamente a nos enquadrarmos em padrões ditados pela cultura quanto ao que é beleza. 
Chegamos até a acreditar na fantasia da fonte da juventude. Queremos sempre aparentar menos idade do que temos.
 Travamos uma luta de titãs com a balança. 
Mas, será que este é o único índice de verdadeira beleza? 


Deus quer nos conduzir a uma outra via : a do coração, da alma, da interioridade. 
O chamado a cultivar o fruto do Espirito em nossas relações e contatos. 
Para que o segredo da nossa beleza seja mais do que um creme, um novo medicamento ou uma tarde gasta no salão de estética.


 Essas coisas não podem nos dar paciência; não nos tornam mais tolerantes; não geram amor; nao trazem a paz.
 O unico poder que a fita métrica tem é indicar números.
 Ela pode somente revelar medidas. 


Mas a medida do coração de uma pessoa aparece quando ela fala; quando se expressa; quando se relaciona. 
Talvez seja hora de começar a frequentar o 'spa' da alma : o contato com Deus, que na quietude e na solidão de um encontro diário, vai reduzindo nossas 'gorduras' nocivas da ira, da intolerância, da impaciência, da mediocridade.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O que eu aprendi com a história de Shrek.

Todos nós temos a tendência de nos relacionarmos com as pessoas não por aquilo que elas são mas por causa da construção de uma imagem mental – idealização- que nós formulamos no inconsciente. As criticas, os atritos, agressões, intolerância, desconfiança, foram construindo essa imagem em nosso interior.

                Às vezes por causa de um mau relacionamento que se arrasta há algum tempo, a imagem que formamos sobre as pessoas ao nosso lado é a pior possível.

                 Suas qualidades e virtudes são todas rejeitadas e o que resta é somente o lado negativo. E assim, quando pensamos nesta pessoa ou falamos dela, a imagem que sobressai é a de um monstro desumano, cruel e grosseiro. Um tipo de "Shrek", um ogro que vive no pântano. 

                     A imagem construída nos impede  de olhar para além das aparências. De perceber que pode haver um conteúdo, algo que se sobreponha às camadas que nós próprios estabelecemos devido a um relacionamento sofrível e não adequado.

                        Quando se fala de imagem, por vezes esquecemos que a Bíblia diz que Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Não a imagem física, já que Deus é Espírito, mas as características próprias do belo: o amor, a alegria, a bondade, a paciência, a mansidão.

                        Nossa tendência é fazer do outro uma imagem não divina, mas a caricatura do pior possível que existe na humanidade. Julgamos com facilidade pelo exterior, estabelecendo preconceitos sem nos determos em uma convivência mais longa para conhecer de perto e reavaliar o que já concluímos sobre alguém precipitadamente.
               
                              No entanto, na história de Shrek, uma princesa se apaixona por ele. Um amor improvável surge porque ela decidiu conhecer-lhe os conteúdos. E quando descobre a beleza interior do ogro, o amor supera as travas sociais e muros de segregação.

                              Talvez as pessoas não sejam exatamente como você deseja - o nível de idealização do outro é muito elevado nos relacionamentos. Quem sabe você já tenha condenado algumas pessoas a viver nos pântanos do isolamento e da distância. Temos alguns 'Shreks' em nossa lista de convívios.

                                  O que não podemos deixar de considerar é que existem sombras em nosso próprio ser que nós não gostamos que apareçam. São coisas muitas vezes semelhantes àquelas que condenamos nos outros. O apostolo Paulo dizia que nem ele entendia seu modo de agir porque muitas vezes fazia o que não queria e não o que desejava.

                                   Todos  temos dentro de nós um ogro que vive no pântano. Por mais que neguemos isso, vez por outra ele aparece e nos constrange, cobrindo-nos de vergonha e apontando nossas incoerências.

                                      Deus, no entanto, nos criou à sua imagem. Ele nos aceita e quer nos transformar mesmo sabendo quem somos efetivamente. Precisamos tratar as pessoas com amor e respeito, não piorando a imagem delas, nem agravando o que são. Jesus nos ensina o caminho da humildade, a atitude de pedirmos sua misericórdia ao nos vermos espelhados em tantos que cruzam nosso caminho.

                                            Seja mais humano ao lidar com os outros. No fim das contas, pode ser que se formos honestos e coerentes, entenderemos porque Jesus veio a este mundo na forma humana, precária, limitada e finita. Ele se identificou com os 'Shreks' da humanidade, para ama-los e salva-los para além das aparências.
                                                                      
                                                      Se você, no entanto, quer sempre se deparar com 'anjos' pela jornada da vida, tome cuidado para não viver no mundo da fantasia, esperando que tudo aconteça, não como é, mas como você imagina em seus delírios.

O que eu aprendi com a história de Shrek.

Todos nós temos a tendência de nos relacionarmos com as pessoas não por aquilo que elas são mas por causa da construção de uma imagem mental – idealização- que nós formulamos no inconsciente. As criticas, os atritos, agressões, intolerância, desconfiança, foram construindo essa imagem em nosso interior.

                Às vezes por causa de um mau relacionamento que se arrasta há algum tempo, a imagem que formamos sobre as pessoas ao nosso lado é a pior possível.

                 Suas qualidades e virtudes são todas rejeitadas e o que resta é somente o lado negativo. E assim, quando pensamos nesta pessoa ou falamos dela, a imagem que sobressai é a de um monstro desumano, cruel e grosseiro. Um tipo de "Shrek", um ogro que vive no pântano. 

                     A imagem construída nos impede  de olhar para além das aparências. De perceber que pode haver um conteúdo, algo que se sobreponha às camadas que nós próprios estabelecemos devido a um relacionamento sofrível e não adequado.

                        Quando se fala de imagem, por vezes esquecemos que a Bíblia diz que Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Não a imagem física, já que Deus é Espírito, mas as características próprias do belo: o amor, a alegria, a bondade, a paciência, a mansidão.

                        Nossa tendência é fazer do outro uma imagem não divina, mas a caricatura do pior possível que existe na humanidade. Julgamos com facilidade pelo exterior, estabelecendo preconceitos sem nos determos em uma convivência mais longa para conhecer de perto e reavaliar o que já concluímos sobre alguém precipitadamente.
               
                              No entanto, na história de Shrek, uma princesa se apaixona por ele. Um amor improvável surge porque ela decidiu conhecer-lhe os conteúdos. E quando descobre a beleza interior do ogro, o amor supera as travas sociais e muros de segregação.

                              Talvez as pessoas não sejam exatamente como você deseja - o nível de idealização do outro é muito elevado nos relacionamentos. Quem sabe você já tenha condenado algumas pessoas a viver nos pântanos do isolamento e da distância. Temos alguns 'Shreks' em nossa lista de convívios.

                                  O que não podemos deixar de considerar é que existem sombras em nosso próprio ser que nós não gostamos que apareçam. São coisas muitas vezes semelhantes àquelas que condenamos nos outros. O apostolo Paulo dizia que nem ele entendia seu modo de agir porque muitas vezes fazia o que não queria e não o que desejava.

                                   Todos  temos dentro de nós um ogro que vive no pântano. Por mais que neguemos isso, vez por outra ele aparece e nos constrange, cobrindo-nos de vergonha e apontando nossas incoerências.

                                      Deus, no entanto, nos criou à sua imagem. Ele nos aceita e quer nos transformar mesmo sabendo quem somos efetivamente. Precisamos tratar as pessoas com amor e respeito, não piorando a imagem delas, nem agravando o que são. Jesus nos ensina o caminho da humildade, a atitude de pedirmos sua misericórdia ao nos vermos espelhados em tantos que cruzam nosso caminho.

                                            Seja mais humano ao lidar com os outros. No fim das contas, pode ser que se formos honestos e coerentes, entenderemos porque Jesus veio a este mundo na forma humana, precária, limitada e finita. Ele se identificou com os 'Shreks' da humanidade, para ama-los e salva-los para além das aparências.

O que eu aprendi com a história de Shrek.

                    
                          Todos nós temos a tendência de nos relacionarmos com as pessoas não por aquilo que elas são mas por causa da construção de uma imagem mental – idealização- que nós formulamos no inconsciente. As criticas, os atritos, agressões, intolerância, desconfiança, foram construindo essa imagem em nosso interior.

                Às vezes por causa de um mau relacionamento que se arrasta há algum tempo, a imagem que formamos sobre as pessoas ao nosso lado é a pior possível.

                 Suas qualidades e virtudes são todas rejeitadas e o que resta é somente o lado negativo. E assim, quando pensamos nesta pessoa ou falamos dela, a imagem que sobressai é a de um monstro desumano, cruel e grosseiro. Um tipo de "Shrek", um ogro que vive no pântano.  

                     A imagem construida nos impede  de olhar para além das aparências. De perceber que pode haver um conteúdo, algo que se sobreponha às camadas que nós próprios estabelecemos devido a um relacionamento sofrível e não adequado.

                        Quando se fala de imagem, por vezes esquecemos que a Biblia diz que Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Não a imagem fisica, já que Deus é Espírito, mas as caracteristicas proprias do belo: o amor, a alegria, a bondade, a paciência, a mansidão.

                        Nossa tendência é fazer do outro uma imagem não divina, mas a caricatura do pior possivel que existe na humanidade. Julgamos com facilidade pelo exterior, estabelecendo preconceitos sem nos determos em uma convivência mais longa para conhecer de perto e reavaliar o que já concluímos sobre alguém precipitadamente.
                
                              No entanto, na história de Shrek, uma princesa se apaixona por ele. Um amor improvável surge porque ela decidiu conhecer-lhe os conteúdos. E quando descobre a beleza interior do ogro, o amor supera as travas sociais e muros de segregação.

                              Talvez as pessoas não sejam exatamente como você deseja - o nível de idealização do outro é muito elevado nos relacionamentos. Quem sabe você já tenha condenado algumas pessoas a viver nos pântanos do isolamento e da distância. Temos alguns 'Shreks' em nossa lista de convívios.

                                  O que não podemos deixar de considerar é que existem sombras em nosso proprio ser que nós não gostamos que apareçam. São coisas muitas vezes semelhantes àquelas que condenamos nos outros. O apostolo Paulo dizia que nem ele entendia seu modo de agir porque muitas vezes fazia o que nao queria e nao o que desejava.

                                   Todos temos dentro de nós um ogro que vive no pântano. Por mais que neguemos isso, vez por outra ele aparece e nos constrange, cobrindo-nos de vergonha e apontando nossas incoerências.

                                      Deus, no entanto, nos criou à sua imagem. Ele nos aceita e quer nos transformar mesmo sabendo quem somos efetivamente. Precisamos tratar as pessoas com amor e respeito, não piorando a imagem delas, nem agravando o que são. Jesus nos ensina o caminho da humildade, a atitude de pedirmos sua misericordia ao nos vermos espelhados em tantos que cruzam nosso caminho.

                                            Seja mais humano ao lidar com os outros. No fim das contas, pode ser que se formos honestos e coerentes, entenderemos que Jesus veio a este mundo na forma humana, precaria, limitada e finita. Ele se identificou com os 'Shreks' da humanidade, para ama-los e salva-los para além das aparências.

                                                      Se você, no entanto, quer sempre se deparar com 'anjos' pela jornada da vida, tome cuidado para não viver no mundo da fantasia, esperando que tudo aconteça, não como é, mas como você imagina em seus delírios.

                       





quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Paixão é a mamadeira ; Amor é a picanha.


“O amor não é apenas um sentimento;  é também uma arte”.  Honoré de Balzac.

A tendência humana sempre tem sido a de reduzir o amor a uma sensação prazerosa que se acredita nunca diminuir ou mesmo acabar. Confundimos ‘paixão’ com ‘amor’ com muita facilidade. Enquanto ‘paixão’ é definida por Aurélio como ‘um entusiasmo intenso’, o ‘amor’ é descrito como ‘a dedicação de um ser à outro’.

Na paixão nós temos mais evidenciada a sensação emocional, mas no amor o que predomina é um compromisso com o outro que envolve mais do que sentimentos. De fato, em nossas relações, nós carecemos mais de amor do que de paixão, porque precisamos de respeito, comunicação sincera, bom humor, lealdade, paciência, altruísmo. O amor poderia ser descrito como um cacho de uvas, o fruto em si, mas cada uva em particular é um componente indissociável do fruto.

O verdadeiro amor nunca vem sozinho; ele se faz acompanhar de uma série de pré-requisitos que comprovam sua autenticidade. No texto de 1 Corintios 13, o apostolo Paulo define o amor não como um sentimento apaixonado mas como um teste de verificação. Ele começa dizendo que poderia doar todos os seus bens aos pobres mas se isso não fosse motivado por amor não valeria a pena. Prossegue afirmando que mesmo que fizesse um grande sacrifício  por alguém mas seus motivos mais sinceros não fossem o amor este seria um sacrifício inútil. 

Paulo tem uma compreensão de que o amor verdadeiro é sobretudo maduro ,  adulto.  Ele ajuda eficazmente a curar o medo, a maior dificuldade para amar.

 João afirma que o medo, seja ele de que tipo for, só pode ser curado pelo amor : “o perfeito amor lança fora o medo”(1 João 4.18). O substantivo grego ‘perfeito’ é melhor traduzido como ‘maduro’. Assim, não é qualquer tipo de amor que resolve os problemas humanos, mas unicamente o amor que cresceu, que se tornou adulto.  Porque existem amores doentios e insanos, pelo menos na forma como as pessoas o entendem e manifestam dependência destes tipos de ‘amor’.

 1. Baixa tolerância ao sofrimento. 
Há pessoas que acreditam que amar exclui qualquer forma de dor. Basta amar para parar de sofrer. Paulo diz: “O amor tudo sofre” . O ser humano tem predileção por uma vida sem imprevistos e mudanças. Prevenir o estresse é saudável(masoquismo não é bom a ninguém), mas chorar por qualquer imprevisto que acontece e querer que a vida seja gratificante as 24 horas do dia é uma atitude infantil de quem ainda não amadureceu.

 È claro que a capacidade de suportar a dor varia de pessoa a pessoa. Isso não depende apenas da genética mas também da educação. Alguem que foi superprotegido na infância terá maiores dificuldades de desenvolver paciência nas horas de conflito. Sua vida será dirigida pelo prazer( a idéia de que tudo tem que dar certo, sempre). Essa pessoa dificilmente terá capacidade de lidar com adversidades da vida, será dominada pela insegurança e aceitará qualquer tipo de relação, seja danosa e até prejudicial. Sua maneira de pensar é: “Não importa quão danosa seja a relação que tenho. Não estou pronto para a perda. È melhor um pássaro na mão, que dois voando”.

 2. O mundo gira ao meu redor. A chave para entender isso é o egoísmo. Tudo tem que ser do jeito que eu programei e se não for assim fico deprimido ou parto para a agressão. Atitude própria da criança que ‘arma’ o circo quando lhe negam o seu pedido. Neste caso, pessoas assim  entendem o amor de forma possessiva. O outro não é um ser com quem se compartilha a vida mas uma posse pessoal. Resultado: ciúmes exagerado, desconfiança crônica e não aceitar perdas como luto ou separação. Sua maneira de pensar é: “ A pessoa que amo deve girar ao meu redor e me dar satisfação. Eu sou o objeto do amor. Amélia que era a mulher de verdade”.

3. Ilusão de permanência. As pessoas se esquecem de que nada dura para sempre. Mas  acreditam que o ser amado jamais morrerá porque a presença do provedor(em todos os sentidos) garante a provisão. Tudo que se ganha pode se perder. O apego é a causa do sofrimento. O erro neste caso é achar que a relação com as pessoas sempre será a mesma, não enfrentará percalços ou mudanças na forma. Quando a intensidade diminui ou o amor assume a variável do companheirismo,  estas pessoas lamentam: ‘Ele(a) não me ama mais”...

Quando esperamos um amor idealizado(que existe só em nossa mente) podemos nos frustrar com as pessoas, esperando delas algo que é impossível de atingir ou oferecer. O apostolo Paulo procura corrigir nossa visão deturpada sobre o amor, oferecendo as duas primeiras evidencias dele:

1.       A paciência.
“O amor é paciente”.
Do grego ‘makrothumia’, significa ‘ resistência’. A menção é ao folego do atleta na maratona. A paciência tem a ver com duas vertentes: pessoas e situações. O verdadeiro amor é capaz de não desistir de alguém ainda que as circunstancias sejam difíceis. O paradigma que podemos usar é o da mãe que não abandona seu filho mesmo quando ele está na penitenciaria, e o visita todos os dias, cuidando das suas necessidades e esperando por sua libertação. Costuma se dizer que ‘paciencia tem limites’, mas no verdadeiro amor, não. Os limites somos nós que estipulamos porque a paciência não conhece restrição, tempo, nem é condicionada a uma reação adequada.


Quando amamos a alguém de verdade vamos lutar por esta pessoa não importa o que os outros digam e mesmo que fiquemos sozinhos. Isso explica porque certas esposas, depois de serem traídas, continuam tentando salvar o casamento ainda que tenham passado pela dor da infidelidade. Dificilmente vamos entender esta persistência em recuperar o marido. Só o amor explica esta resistência e perseverança.

 O mesmo se aplica ás mães que lutam por seus filhos viciados. Pessoas que desistem de uma relação só porque foram contrariadas, porque receberam um ‘não’ ou porque estão conhecendo  mais profundamente aqueles com quem convivem  e não gostam da descoberta, na verdade não amam; entraram nesta relação por conveniência, medo de ficarem sozinhas ou desejo de agradar a opinião da sociedade. Se você quer amar de verdade, aprenda a desenvolver paciência com as pessoas e com as situações imprevisíveis, que fazem parte natural de qualquer relacionamento.


2.       A Bondade.
“O amor é bondoso”.
Bondade não é uma idéia moral, é a demonstração pratica de carinho.  Isso quer dizer que o verdadeiro amor só é capaz de fazer o bem, e de tratar com carinho e de dar o melhor à pessoa amada. Porque ele não depende da reação da pessoa, e sim da sua própria decisão pessoal. O amor que trata com bondade é capaz de dar o melhor de si porque não se preocupa com o que o outro sente ou como irá responder. Ele não é influenciado, nem determinado por uma reação; ele se antecipa em socorrer e ajudar porque não quer ver o outro sofrendo.


A parábola do bom samaritano é o clássico modelo do amor bondoso. Ele mal conhece a vitima, mas se solidariza, carrega-o sobre seu animal, cuida de suas feridas, paga sua hospedagem. O detalhe é que a vitima era seu inimigo. Mas quando o amor é determinado pela bondade ele desconsidera categorias de amigo-inimigo; irmão-estranho; merecedor-indigno. A maior recompensa do amor é justamente poder amar alguém e fazer o melhor para esta pessoa.

A maior alegria de quem ama é ver o outro feliz, bem, estabilizado e livre de perigos, mesmo que não diga um ‘obrigado’. A satisfação do amor é justamente o anonimato. Quando amamos de verdade não condicionamos nossas palavras, atitudes e afetos à resposta que iremos receber. Ainda que esperemos uma resposta favorável, se ela não vier, não iremos mudar nosso jeito de agir contrariados e tomados pela amargura. Amar é tratar sempre com bondade, mesmo àqueles que ainda não sabem como amar ou como retribuir o nosso amor.

A paixão é como a mamadeira - dura tanto tempo quanto leva para um bebê crescer. O amor é como a picanha - só os adultos são capazes de degustá-la, saboreá-la e digeri-la.