A polêmica que envolve o WikiLeaks e seu fundador Julian Assange traz à tona a questão da privacidade pública e privada.
Todos somos a favor da liberdade de imprensa e da divulgação do conhecimento e de todas as informações necessárias para a criação da consciência critica. O tempo da censura, do ato de esconder dados fundamentais ao conhecimento do público está com seus dias contados. Especialmente no campo da política, cada vez mais temos que ter direito à tão falada transparência com a coisa pública.
O que me preocupa é que, com essa nova tendência à devassa das intimidades, venhamos a perder o valor da intimidade. Eu me refiro ao direito que cada um tem de se proteger da invasão de curiosos e denuncistas de plantão, que objetivam espionar, saber, sondar, apenas para publicar o que descobriram com algum interesse pessoal que os favoreça.
A falta de respeito ao outro é a conseqüência mais imediata envolvida nessa questão. Porque assim como não desejamos o desnudamento da nossa vida sem nossa autorização, também não devemos fazê-lo em relação ao outro.
Não é necessário nem o uso do Twitter, Facebook ou ferramentas do gênero. Podemos errar ao usar indevidamente informações que colhemos da observação do procedimento dos outros.
No ambiente de trabalho, profissionais podem sofrer a tentação de comunicar deficiências de seus colegas aos superiores apenas para ascenderem na consideração da diretoria. Na família , seus membros podem causar uma disfunção emocional se fizerem o jogo da chantagem, encobrindo e revelando conforme a ameaça.
Por isso, ao tomar conhecimento das falhas, limitações e deslizes das pessoas com quem você convive, não utilize este material para conseguir algum benefício. Seja solidário e preste assistência, se puder, àqueles que revelam suas fraquezas.
Não existe nada mais desumano do que desnudar uma pessoa diante dos outros. Não faça com os outros o que não deseja que façam com você. Pratique o amor, o respeito e a amizade. Faça parte do grupo que permanece ao lado dos que têm necessidades para ergue-los e ajudá-los como companheiros na grande jornada da vida.
Olá Pr.Calleb, concordo contigo no campo ético moral, onde devemos questionar o quero, posso e devo, mas a ressalva que faço é que está na hora das coisas encobertas serem reveladas principalmente na área política, não podemos levantar o caído se não for revelado a sua queda. Não somos maiores e melhores que ninguém, somos pecadores quanto, mas somos conhecedores de que devemos nos afastar do pecado e amar o pecador! Deus tenha misericórdia de todos nós!
ResponderExcluirReverendo Caleb, muito oportuna a digressão e importante para nossa reflexão. Que Deus continue a abençoá-lo neste projeto muito importante para minha vida em particular.
ResponderExcluirAbraço e paz.
rui
Olá Caleb, partilho muito do que diz sobre o acolhimento carinhoso. Falo do exercício de receber amorosamente aquilo que nos é confiado, como a partilha de um problema, uma queixa, enfim, tudo aquilo que diz respeito a algo íntimo do outro, este, num momento de confiança, desejou partilhar, então, creio que é preciso sempre agradecer e responder dignamente a este movimento que, ao final é amor, é sair de si. Abraço fraterno. Joseane/Campinas/SP.
ResponderExcluirOlá Pr Caleb.
ResponderExcluirMuito oportuno e atual o comentário. A tecnologia avançou muito, mas, a maldade do homem continua a mesma desde os primórdios da humanidade. O Evangelho continua sempre atual e necessário para a paz do homem.
Celso