quarta-feira, 15 de maio de 2013

CANSADOS.

                             


                  "Venham a Mim, todos vocês que estão cansados". Mateus 11.28.


               Trabalho com recursos humanos e percebo a cada dia como o elevado nível de exigência da vida moderna tem deixado as pessoas exauridas na emoção e esgotadas fisicamente. O cansaço generalizado tem produzido uma geração de homens e mulheres que vão de um compromisso a outro sem mais saborear o que há de bom em algum destes eventos.
             Tudo parece conspirar para um senso de obrigatoriedade e responsabilidade sem fim, contribuindo para o aumento deste esgotamento a pressão do grupo a que pertencemos e a transformação da vida em um fator meramente produtivo e econômico  Temos que estar produzindo sempre algo em algum momento e tudo que fazemos tem no mercado o seu valor estipulado.
             Não parece salutar a esta nossa geração o resgate de uma mente tranquila, que pode decidir o que é bom, o que é prudente fazer e, mais, o que é prioritário. Caminhamos para o atendimento das urgências o tempo todo: um trabalho a entregar, um produto a finalizar, um negocio a concluir. 
           Estamos sendo empurrados pela exigência de uma modernidade que pouco conhece acerca da reflexão, da devoção a Deus e da celebração. Aliás, a palavra celebração vem do latim e significa um lugar numerosamente frequentado.
         Pois é, poucos tem estado neste lugar ultimamente.
        Jesus, um dia, convidou as pessoas da sua geração a descansar. Ele percebeu que elas estavam sobrecarregadas na mente e no corpo e lhes ofereceu a alternativa de aprenderem dele como viver. Ele combateu em seu tempo algo que ainda se perpetua em nossa época: o ato de nos preocuparmos tanto em oferecer um padrão elevado de responsabilidade com objetivos meritórios que, ganhamos por um lado a aprovação de toda uma sociedade igualmente cansada, mas por outro, definhamos por extinguir a celebração, o desfrutar a vida e não só o  tentar ganhá-la. 
        A palavra mais pronunciada do nosso tempo é Sucesso. Temos que atingi-lo, conquista-lo e lutar, usando tudo que temos, para ganhar este tão cobiçado prêmio.
          Jesus, no entanto, falou muito nos Evangelhos sobre outra palavra: Sossego. 
          Ele não estava elogiando a preguiça e a inatividade. Mas apontando com que espirito devemos tocar a vida. Não sacrificando coisas importantes para chegar ao topo, mas deixando a questão do topo a Deus.
          Se ele quiser nos colocar lá, será um resultado combinado do nosso trabalho com a sua benção. O Salmo de numero 127 diz que 'será inutil levantar de madrugada, dormir muito tarde e comer o pão suado, se não entendermos que Deus é quem o dá'.
         Porque Sossego remete ao grande exemplo de Deus que, no sétimo dia, descansou de tudo quanto fez e separou este dia como paradigma para qualquer geração. È o tempo necessário para a celebração, o descanso, o ato de observar o que foi feito e ficar feliz e agradecido, em vez de apenas se irritar com aquilo que ainda não foi concluído.
        Proponho a você um pouco mais de Sossego e um pouco menos de Sucesso.
        Estar com Deus em oração constante promove este Sossego e como efeito, você se tornará mais alegre, satisfeito e sereno com as pessoas.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

COMO ESTÁ O SEU NÍVEL DE AMOR ?

                         


                “Se eu falar com eloquência humana e com êxtase própria dos anjos e não tiver amor, não passarei do rangido de uma porta enferrujada. Se eu pregar a Palavra de Deus com poder, revelando todos os mistérios e deixando tudo claro como o dia, ou se tiver fé para dizer a uma montanha: ‘Pule!’ e ela pular e não tiver amor, não serei nada. Se eu der tudo que tenho aos pobres e ainda for para a fogueira como mártir mas não tiver amor, não cheguei a lugar algum. Assim, não importa o que eu diga, no que eu creia ou o que eu faça: sem amor, estou falido”.  1 Corintios 13:1-3.

                     O principal tema que o apostolo Paulo desenvolve na sua Primeira Carta aos Corintios no capitulo 13 é o Amor. Na sua longa e objetiva descrição deste tema ele o situa como a mais duradoura experiencia humana e mais fundamental. 
              O amor para ele é mais importante que todo conhecimento cientifico, mais valioso que qualquer expressão religiosa e superior a qualquer manifestação de filantropia. 
                 Paulo tece algumas negativas sobre o amor, ao dizer, por exemplo, que o amor ‘não é esnobe, não se impõem sobre os outros, não age na base do eu primeiro, não perde as estribeiras e não contabiliza os erros dos outros. 
                  Mas, ele também faz as afirmativas sobre o amor quando diz que o amor prossegue até o fim, tem prazer na verdade, tolera qualquer coisa, confia sempre em Deus e sempre procura o melhor.
                     Entre estas afirmativas e negativas do texto ele acentua o caráter perene do amor ao dizer que o amor nunca desiste e nunca morre. È interessante que, no meio do capitulo, Paulo aparentemente muda de assunto e diz uma coisa que parece não ter nada a ver com o texto: “Quando eu era menino, pensava como menino, agia como menino, sentia como menino; quando cheguei á idade adulta, desisti das coisas próprias de menino”( 1 Corintios 13:11). 
                    Porque, para amar de verdade é preciso mudar constantemente a forma de se comunicar, ou melhor, é preciso amadurecer. Quando se é criança existe uma linguagem própria para nos expressarmos com o mundo mas quando se cresce a linguagem precisa ser alterada para que sejamos compreendidos. 
                   Assim acontece também com o amor, de acordo com o escritor e terapeuta de casais, Gary Chapman. Cada pessoa tem uma linguagem especifica de amor pela qual o comunica e o recebe. Aprender qual é a linguagem própria de cada pessoa que amamos na questão do amor é fundamental para que não se crie uma falsa impressão de que não estamos sendo amados ou que não sabemos como amar.                 Ross Campbell, psiquiatra docente na Universidade do Tennessee afirma que “Dentro de cada criança há um tanque emocional à espera de ser cheio com amor. Se ela se sentir amada, vai se desenvolver normalmente.
                        Porém, se o seu Tanque de Amor estiver vazio ela apresentará muitas dificuldades no seu desenvolvimento. Muitos problemas de comportamento de uma criança provém do fato de seu Tanque de Amor estar vazio”.
                     Isso dito de outra forma implica em identificar que muitos comportamentos rebeldes de crianças e adolescentes não são simplesmente um grito de provocação mas um pedido de socorro – a rebeldia é a forma de chamar a atenção para o fato de que a criança não se sente amada. 
                   Todos nós crescemos mas essa característica – querer ser amado – não desaparece. E por isso, muitos dos conflitos conjugais, ameaças de divórcios, crises com filhos podem ser sintomas de que o tanque de amor anda vazio e precisa ser cheio novamente. 
                     Quando existe uma crise nos relacionamentos geralmente a nossa preocupação é defender quem tem razão, quem está certo – é como se tentássemos vencer uma batalha, uma disputa.
                    No entanto, estamos indo para uma guerra em que todos irão perder. 
                    Porque a pergunta não deve ser : ‘quem está com a razão’ e sim ‘quem vai trazer o amor de volta’. 
                 A necessidade, portanto, é identificar que a maioria dos problemas em relacionamento tem a ver com uma carência – não estar se sentindo amado.
                O foco não é tentar mudar a outra pessoa mas melhorarmos a nossa abordagem e descobrirmos como amar aqueles que convivem conosco.
               Se aprendermos a dar amor na linguagem certa do outro estaremos enchendo o seu tanque.
                E quem está suprido, dificilmente terá motivos para se queixar.