Um grande debate que toma conta hoje no mundo corporativo
tem a ver com a satisfação pessoal no trabalho. De acordo com Roman
Krznáric, doutor em Sociologia, (‘Como encontrar o trabalho da sua vida’),
foi-se o tempo em que o dinheiro era o principal fator de motivação para o
trabalho.
Ele ainda é para quem começou a trabalhar agora, mas para aqueles que já estão na profissão há mais tempo existem
outras recompensas fundamentais que não estão vinculadas a dinheiro: senso de
sentido, atender a um proposito, ser criativo e a possibilidade de ajudar a
quem precisa.
Na mesma linha Edmund Phelps, economista ganhador do Nobel
de Economia de 2006, e especialista em mercado de trabalho, salários e
inflação, diz: ‘Cada individuo empregando tempo e esforço numa atividade
insatisfatória, mesmo que bem remunerada, é sintoma de um sociedade doente’.
Ele afirma , com dados da economia real, que a satisfação no trabalho tem menos
a ver com o nível de salario e muito a ver com a satisfação geral e com a vida.
Quem não está satisfeito com sua vida em outras áreas não estará satisfeito em
lugar nenhum, menos ainda no trabalho.
1.
O nosso trabalho é parte inseparável do nosso
culto a Deus.
‘Nâo trabalhem por obrigação, mas trabalhem de coração, como servos de
Cristo, fazendo o que Deus quer’.
Quando define o que é o culto cristão, em Romanos 12, Paulo diz que ele é
o oferecimento da inteireza da nossa vida a Deus todos os dias com tudo o que
fazemos com o nosso corpo.
Para ele, o culto não se limita a algumas horas
dentro de uma igreja.O trabalho, como parte da vida, é parte do nosso culto, é
meio de adoração. Nenhum trabalho, por mais humilde ou modesto pode ser feito
com senso de obrigação e como algo penoso e que causa desgosto. Não é tanto o
trabalho que temos que importa e sim o espirito com que o fazemos.
Em qualquer campo do conhecimento
é possível detectar quem faz um trabalho bom daquele que faz um trabalho
medíocre: não é o salario, nem o status, mas a motivação interior. O cristão
entende que trabalhar é servir pessoas e servir a Deus. E como Deus merece de
nós sempre a excelência não podemos trabalhar como se fosse uma punição, um
peso, mas como expressão da nossa devoção àquele que nos criou, nos salvou e
que nos ama.
2.
O nosso trabalho precisa ser feito com motivação
e alegria.
‘Trabalhem com um sorriso no rosto, tendo sempre em mente que não importa
de quem venham as ordens, vocês estão servindo a Deus’.
Para Paulo, todas as vezes que executamos o nosso trabalho digno estamos
promovendo aqueles valores fundamentais presentes no Evangelho. Um profissional
que presta um serviço beneficia a várias pessoas.
Mas você já reparou que o
resultado do seu trabalho está diretamente associado á sua condição emocional e
espiritual? Todos sabem da experiência
de serem atendidos por um medico desmotivado. Por um engenheiro que não
trabalha com qualidade. Por um professor que só reclama dos alunos. Por um
funcionário publico que não vê a hora de terminar o expediente.
O cristão sabe que quando está
cumprindo ordens ele entende que obedecer é uma pratica comum da sua
experiência. Ele aprende desde a conversão a Cristo que a principal finalidade
da caminhada é ouvir a Deus e obedecer sua vontade. E porque está treinado em
obedecer, cumpre ordens superiores com mais facilidade.
Então, quando executar o
seu trabalho faça isso com alegria, abra um sorriso e agradeça a Deus o fato de
que, enquanto a Europa mergulha num elevado nível de desempregados, você está
trabalhando e ganhando seu sustento.
3.
O nosso trabalho feito com excelência reverte em
recompensas.
‘O bom trabalho resulta em boa retribuição’.
O valor do salario é algo variável de acordo com a politica da
empresa e o plano de carreira. Mas em geral aqueles que recebem melhor
remuneração e são cotados para promoções nas empresas são os que se dedicam o
tempo todo a superarem a si mesmos na qualidade e na excelência do que
produzem.
Porque não adianta dizer que você ganha mal se o seu serviço é ruim.
È inútil culpar a empresa pela falta de reconhecimento se o seu desempenho é
sofrível.
Reclamar de que outros foram promovidos e você continua na mesma posição
pode ser a única coisa que você sabe fazer – reclamar. Porque o bom trabalho
sempre traz uma boa recompensa.
Os que se destacam são os que fazem muito além
do que lhes é pedido e exigido. São os que surpreendem a empresa e seus
colaboradores porque oferecem um diferencial que ninguém oferece.
Quem realiza um bom trabalho não faz isso
apenas na empresa- faz isso com a família, faz isso com os amigos, faz isso na
igreja, nos clubes, nas redes de convivência. A excelência não é um item que
aparece apenas no trabalho – é algo que se vê na vida.
Por isso, antes de
reclamar do seu salario, pergunte primeiro se o que você faz merece o salario
que você ganha.
Martinho Lutero recebeu certa vez a visita de um sapateiro que
lhe perguntou: ‘Como servir a Deus e ser um cristão melhor?’ Lutero respondeu: ‘Faça um bom sapato e venda
por um preço justo’.
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