Tenho
aprendido algumas verdades com a máxima de Paulo, que diz, 'aprendi a viver
contente em toda e qualquer situação'.
Lá em seu
texto ele trata das realidades da vida que ele e todos os seres humanos
vivenciam ao longo do tempo. Olhando para elas observa ele que elas nos afetam
somente na medida em que não estamos satisfeitos com o estado de bem estar
pessoal.
Eu explico.
Estado de
bem estar pessoal é decorrente da opção em gostar da própria companhia quando
em solidão, para que, no acompanhamento de outros, somar a eles contentamento e
não necessariamente buscar neles a satisfação.
Preciso a
cada dia gostar da minha companhia solitária, amar o estar só porque assim
verifico quais são minhas verdadeiras demandas internas e não as fantasias que
a minha mente possa criar e me iludir.
Acho que
muito das frustrações dos relacionamentos humanos decorre desta tendência de projetar
sobre o outro muita expectativa e fantasia e pouco do desejo de somar para
partilhar, sem exigências e cobranças.
Quando o
estar com o outro exige cobrar, exigir e reclamar é porque há no que se queixa
um principio de insatisfação consigo próprio. Caim invejou Abel não porque este
fosse melhor em algum sentido mas porque ele, o assassino, se viu como menor
diante do irmão e de Deus.
Este
tempo da minha solidão tem sido bom para isso: curar-me de danosas cobranças
futuras que eu possa exigir da pessoa que comigo estiver.
Enquanto
isso, vou removendo estas camadas infantis de idealização da vida até o dia em
que possa amar de verdade, livre e pronto mais para dar do que para receber.
Caleb
Mattos.
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