terça-feira, 3 de julho de 2012

Viver em comunidade ajuda a superar a solidão.


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“Eles seguiam uma disciplina diária de cultos no templo, seguidos de refeições nas casas. Cada refeição era uma celebração vibrante e alegre, com muito louvor a Deus”. Atos 2.42.

                     O culto para a igreja nascente em Jerusalem era algo inclusivo na vida. Não tinha tanto a ver com ritual religioso mas com celebração comunitária por se perceber que Deus estava atuando no dia a dia de cada um e que todos tinham amigos verdadeiros com quem contar a qualquer hora. Ninguem se sentia sozinho porque podiam comer juntos diariamente.
Jesus havia dado o exemplo, comendo em todas as casas onde era acolhido, sem fazer distinção se seus hospedeiros eram da sinagoga ou alheios á fé em Deus. Sua fama era de "comilão, bebedor de vinho e amigo dos pecadores".

                     A igreja tinha este senso de ser uma família ampliada onde todos eram pais, mães, irmãos e irmãs, filhos e avós de todos. Todos se responsabilizavam uns pelos outros. E comer junto era uma herança recebida de Jesus que fazia das refeições um momento sagrado, para reunir pessoas e viver o amor e a amizade.


                   Isso gerava providencias para a solidão porque não era preciso ter dinheiro para se juntar ao grupo – bastava crer na pessoa de Jesus e querer segui-lo como discípulo. Os mais ricos providenciavam para os mais pobres. E isso era tão impactante que até fora da igreja, para os ateus, o comentário era positivo: ( ver a obra de Flavio Josefo). 

                        Na igreja , a solidão que se baseia no medo do contato com o desconhecido é desfeita. Ali todos estão juntos não por uniformidade de idade, classe social, profissão ou nível de renda. São pessoas unidas que decidiram amar e acreditar em certos princípios e valores da Escritura para as quais estes valores fazem toda a diferença. Quando todos estão juntos, cantando ou orando, percebemos que este grupo é realmente distinto. Em nada se parece com aquela multidão que encontramos nos shoppings ou nos grandes centros urbanos.



                        Estamos juntos por amor a Deus e por amor aos irmãos. E isso nos desafia a acreditar que , afinal de contas, a humanidade não é tão ruim como dizem; que existe possibilidade de viver em união e ser parte de algo maior que o dinheiro, o trabalho ,  o consumo e a aparências. A Igreja é um lugar em que todos são bem vindos do jeito que são e com o histórico de vida que apresentam. 

                 Na igreja há presença constante de tristeza, alegria, fracasso, perda, doença e cura, porque ela vê a todos como elementos representativos da humanidade. E quando vemos que somos todos necessitados, de Deus e uns dos outros, estamos caminhando para uma vida verdadeira, terapêutica e feliz.

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