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“Eles seguiam
uma disciplina diária de cultos no templo, seguidos de refeições nas casas.
Cada refeição era uma celebração vibrante e alegre, com muito louvor a Deus”. Atos 2.42.
O culto para a
igreja nascente em Jerusalem era algo inclusivo na vida. Não tinha tanto a ver
com ritual religioso mas com celebração comunitária por se perceber que Deus estava atuando
no dia a dia de cada um e que todos tinham amigos verdadeiros com quem contar a
qualquer hora. Ninguem se sentia sozinho porque podiam comer juntos
diariamente.
Jesus havia dado o exemplo, comendo em todas as casas onde era acolhido, sem fazer distinção se seus hospedeiros eram da sinagoga ou alheios á fé em Deus. Sua fama era de "comilão, bebedor de vinho e amigo dos pecadores".
A igreja tinha este senso de ser uma família ampliada onde todos
eram pais, mães, irmãos e irmãs, filhos e avós de todos. Todos se
responsabilizavam uns pelos outros. E comer junto era uma herança recebida de
Jesus que fazia das refeições um momento sagrado, para reunir pessoas e viver o
amor e a amizade.
Isso gerava providencias para a solidão porque
não era preciso ter dinheiro para se juntar ao grupo – bastava crer na pessoa
de Jesus e querer segui-lo como discípulo. Os mais ricos providenciavam para os
mais pobres. E isso era tão impactante que até fora da igreja, para os ateus, o
comentário era positivo: ( ver a obra de Flavio Josefo).
Na igreja , a solidão que se baseia no medo do contato com o desconhecido é desfeita. Ali todos estão
juntos não por uniformidade de idade, classe social, profissão ou nível de
renda. São pessoas unidas que decidiram amar e acreditar em certos princípios e
valores da Escritura para as quais estes valores fazem toda a diferença. Quando
todos estão juntos, cantando ou orando, percebemos que este grupo é realmente
distinto. Em nada se parece com aquela multidão que encontramos nos shoppings
ou nos grandes centros urbanos.
Estamos juntos por
amor a Deus e por amor aos irmãos. E isso nos desafia a acreditar que , afinal
de contas, a humanidade não é tão ruim como dizem; que existe possibilidade de
viver em união e ser parte de algo maior que o dinheiro, o trabalho , o consumo e a aparências. A Igreja é um lugar
em que todos são bem vindos do jeito que são e com o histórico de vida que
apresentam.
Na igreja há presença constante de tristeza, alegria, fracasso,
perda, doença e cura, porque ela vê a todos como elementos representativos
da humanidade. E quando vemos que somos todos necessitados, de Deus e uns dos
outros, estamos caminhando para uma vida verdadeira, terapêutica e feliz.
Reflexão sobre a importância da vida em comunidade.
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