terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Heróis ou Vilões.




"Repeti o pedido três vezes; então ele me disse: Minha graça é o bastante; é tudo de que você precisa. Minha força brota da sua fraqueza. Assim que ouvi isso, achei melhor me resignar. Desisti de ficar pensando na limitação e comecei a apreciar o dom. Foi uma oportunidade para que a força de Cristo trabalhasse na minha fraqueza".     2  Coríntios 12: 8-9.

             Desde o primeiro vilão da História, Lúcifer  o anjo rebelde, que ofendido por ter sido expulso da presença de Deus, por querer ser igual ao Criador, se torna príncipe dos demônios e ocupa a terra para perverter a beleza, a ordem e a sanidade das pessoas, até os mais recentes vilões, personagens que marcaram as épocas do nosso tempo, incluindo aí os personagens de desenhos e filmes, todos eles tem em comum o fato de que lidaram com uma grande decepção pessoal:  frustração, dor, crise e não souberam ou não quiseram elabora-las de forma construtiva porque decidiram se vingar do acontecido, praticando o mal e projetando sua raiva sobre seus pares. 

               A vilania percorre todos os ambientes que frequentamos, na medida que encontramos aqueles que parecem não ter outra forma de ler a vida senão a leitura da ira, da competição e do desejo da eliminação. Vilões fazem da sua história uma meta: tentar, de alguma forma, compensar a perda daquele antigo estado de bem estar e felicidade que habitavam.

             Mas, quando olhamos para a vida dos heróis, vamos perceber que eles, igualmente, passaram pela dor e pela angustia. O Filho de Deus, na agonia da cruz, sentindo em plena potência toda a intensidade da agonia, faz uma oração a favor dos que lhe impunham  a pena: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem".
   
            Desde Jesus até o desenvolvimento da sociedade moderna, os heróis nunca são personagens imunes à crises. Eles também a vivenciam, mas optam em fazer da sua historia um meio de terapêutica que Deus possa utilizar no alivio da dor dos que o circundam. Isaías, o profeta, afirmou que 'as feridas de Jesus é que podem nos curar das nossas". 

              Ele é um curador, mas um curador que foi ferido por nossa causa. Sendo assim, a unica diferença entre heróis e vilões é a reação ao sofrimento. Porque ambos sofrem, algo próprio e inescapável da condição humana. Mas, uns acabam por culpar a humanidade á sua volta pela perda daquele tempo feliz que um dia viveram. 

               E gradualmente, vão descarregando toda sua ira sobre outros que não tem responsabilidade alguma pelo que o atingiram. 

             Outros, decidem fazer das suas feridas um dom, capaz de se identificar com dores parecidas e com elas partilhar o longo mas eficaz caminho da Graça de Deus que despeja o poder da superação, da paciência, da paz em meio ao cenário desolador. 

           Desejo que você não tome o caminho da vilania - já temos vilões demais no mundo. Mas que se aproprie da visão de sentido para  a dor, de proposito divino para ela - ajudar a curar com a operação eficaz da Graça de Deus.

            Seja um herói. Porque tanto nos filmes como na realidade, o bem sempre vai vencer o mal.

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