‘Se os teus olhos forem bons todo
o teu corpo terá luz’ (Jesus Cristo).
Imagine a vida sem estes dois
elementos: sem luz e sem olhos. Eles são
fundamentais para vivermos as melhores e marcantes experiencias da vida. Triste
não ver a luz do sol e não ter luz para ver. Platão escreveu o ‘mito da caverna’.
De acordo com a história formulada por ele , existia um grupo de pessoas que
viviam numa grande caverna, com seus braços, pernas e pescoços presos por
correntes, forçando-os a fixarem-se unicamente para a parede que ficava no
fundo da caverna.
Atrás dessas pessoas existia uma
fogueira e outros indivíduos que transportavam ao redor da luz do fogo imagens
de objetos e seres, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna,
onde os prisioneiros ficavam observando. Como estavam presos, os prisioneiros
podiam enxergar apenas as sombras das imagens, julgando serem aquelas projeções
a realidade. Certa vez, uma das pessoas presas nesta caverna conseguiu se
libertar das correntes e saiu para o mundo exterior. A princípio, a luz do sol
e a diversidade de cores e formas assustou o ex-prisioneiro, fazendo-o querer
voltar para a caverna.
No entanto, com o tempo, ele
acabou por se admirar com as inúmeras novidades e descobertas que fez. Assim,
quis voltar para a caverna e compartilhar com os outros prisioneiros todas as
informações e experiências que existiam no mundo exterior. As pessoas que
estavam na caverna, porém, não acreditaram naquilo que o ex-prisioneiro contava
e chamaram-no de louco. Para evitar que suas ideias atraíssem outras pessoas para
os “perigos da insanidade”, os prisioneiros mataram o fugitivo.
Ainda que se tenha olhos, mas não
se tendo a luz, a vida pode ser limitada a crenças internalizadas que são
nossas desde muito, mas, que nem sempre são libertarias e saudáveis.
É preciso
ter olhos para enxergar, porém, é necessário deixar que a luz nos oriente pelo
transito que a vida apresenta. Jesus declara que aquele que tem olhos bons (abertos
e com a presença de luz) tem o corpo, a existência, clara e consegue distinguir
a melhor direção, evitando se ferir ao enveredar por atalhos arriscados.
Ele se declarou ‘a luz do mundo’.
Não que ele seja o sol, mas que como o astro ele lança claridade em nossas
duvidas, incertezas e falta de sentido, mostrando o melhor caminho. Se temos á nossa disposição tanto olhos como luz não
podemos transitar pelas varias instancias do existir culpando este ou aquele
pelos infortúnios e por nossa falta de desenvolvimento. Porque ao fazermos isso
estamos, como diria Platão, enxergando apenas nossa própria sombra refletida na
parede.
E se é apenas nossa sombra que enxergamos
continuaremos acorrentados a algo que parece vida, mas que não passa de
cativeiro de infelicidade. E quem está retido no seu cativeiro de infelicidade
acaba desejando eliminar aquele que tem olhos e que tem luz. Pense bem se este
é o seu caso. Se for, deixe que a luz entre em seus olhos, pare de ficar virado
para a parede de suas magoas insatisfeitas, deixe cair os grilhões e saia da
sua caverna. Lá fora tem muita vida boa esperando por você.
Caleb Mattos.
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