Diz o livro de Genesis que o primeiro homem foi feito do pó da terra e que nele depois foi soprado o espirito de vida. Eva foi criada e então o homem diz que ela é ‘osso dos seus ossos e carne da sua carne’. Ela é o lugar no mundo onde ele se sente em casa. O relacionamento íntimo com Eva, carne da sua carne, cria o conceito de lar.
Somos carne porque temos um componente físico que nos permite existir, alimentar, realizar, amar, relacionar. Podemos dizer que todo ser humano é carnal. No entanto, os gregos, quando queriam diferenciar uma característica inerente de um mau hábito, usavam duas palavras quase iguais, trocando somente uma das letras. Eram os termos ‘sarkinoi’ e ‘sarkikoi’.
Sarkinoi era a essência material de que somos feitos. Mas ‘sarkikoi’ descrevia um conflito entre duas ou mais pessoas toda vez que o ego de uma ou de ambas falava mais alto. Neste caso, embora sejamos ‘sarkinoi’ nem por isso devemos ser ‘sarkikoi’. Sarkikoi se aplica a discussões iradas, agressões, contendas, gritos, ofensas, desavenças.
Na carta que o apostolo Paulo escreveu á Igreja na cidade de Corinto ele os chama de ‘carnais’(sarkikoi) porque esse povo havia se desentendido e gerado pequenos grupos definidos como ‘eu sou de’. Não há problema em ter preferências ou opiniões distintas. Isso é próprio da experiencia humana. O que não é bom gira em torno das plataformas erigidas em prol de homens transformados em ídolos. É este o ponto onde ‘sarkinoi’ se torna ‘sarkikoi’.
Não há outro salvador senão aquele que se deu na cruz. Creia nele e sua mente terá saúde. Adore outros salvadores e em breve você se verá defendendo e lutando uma batalha inglória à semelhança do cavaleiro de triste figura. Muito do que defendemos na vida tem a ver com reflexos do nosso interior. Quem adora ídolos se torna igual a eles. Honestamente, no reino de ‘sarkinói’, eu não vejo material melhor do mesmo de que sou feito.
Caleb Mattos
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