terça-feira, 16 de agosto de 2011

Os 3 passos para um casamento ajustado.


Durante as próximas semanas eu pretendo compartilhar com você, que acompanha nosso Blog, três reflexões sobre um casamento ajustado. Espero que Deus utilize esta ferramenta para ajuda-lo(a) em sua relação conjugal, aprimorando sua caminhada e contribuindo para ajustes ao longo do processo. Boa leitura!

“Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha”.    Gênesis 2:24-25.

Este é o relato do primeiro casamento na Biblia, entre Adão e Eva. Deus não foi apenas Criador do casal, mas também o padrinho e o cerimonialista da união. Eles se unem para constituir a primeira familia da humanidade, num momento em que o pecado ainda não havia adentrado a historia e provocado  estragos em sua relação. De forma que este é o modelo de casamento original, por excelencia, ideal e perfeito. Tanto que, ao falar sobre casamento, Jesus remete a este modelo de união conjugal, dizendo que o que Deus uniu o homem não deve separar.
Quando fala sobre o divorcio Jesus faz questão de ressaltar que esta não é nunca a intenção de Deus, porque não foi assim no principio. E ao usar a palavra ‘principio’ ele se refere não apenas a Adão e Eva, mas a um objetivo principal do casamento: a promoção do dialogo, do entendimento, da unidade entre pessoas diferentes. Mais do que a consumação de uma paixão romântica, o casamento é um modelo de construção de relacionamentos, porque nos ensina valores como paciência, tolerância, amor e convivência nas diferenças.
 Quando Deus estabelece o casamento ele firma 3 principios que precisam ser observados antes de dizer sim. São os princípios de ‘deixar’, ‘unir-se’ e ‘tornar-se’. Há uma sequencia logica na frase. Signfica que a primeira condição para que um casamento dê certo é o ato do desvinculamento dos pais. O casamento começa com um divorcio necessario: o divorcio dos filhos em relação aos pais.
 O segundo preceito para o sucesso do casamento é ‘unir-se’. Mais do que a relação sexual, unir-se é abrir mão dos próprios planos de solteiro a favor de uma proposta que envolve agora duas pessoas que se comprometeram a construir uma nova familia.
E a terceira base para o sucesso do casamento é ‘tornar-se uma só carne’. Uma atitude de maturidade, em que deixamos de pensar em nós, para agradarmos aquela pessoa com quem nos casamos. Uma só carne é o mesmo que ter uma só mente – significa amar-se amando o outro; buscar a felicidade ao fazer o outro feliz; e querer o melhor buscando melhorar a vida da pessoa amada. A maior dificuldade para o casamento não é a incompatibilidade de gênios, e sim o não querer deixar de ser egoísta e infantil para crescer e se tornar amante de verdade.




 
1.       Primeiro Princípio:  Cortar o cordão umbilical.
v.24: “O homem deixará pai e mãe...”
A primeira medida para um casamento que dê certo é o ato de deixar a condição de filho para assumir um novo papel de marido. O filho é objeto de cuidado; já o marido passa a ser o cuidador. Existe uma necessária transição de papéis porque a tendência é que o marido enxergue erroneamente sua esposa como sua mãe. E a esposa veja seu marido como continuidade de seu pai.

Esta confusão de papeis é uma das dificuldades de adaptação conjugal dos primeiros anos. Partimos para o casamento com um nível de idealização do outro muito intensa: o marido espera que a esposa cozinhe como sua mãe, arrume tudo que ele deixar largado e nunca cobre nada dele. A esposa deseja que seu marido a trate como a princesa do papai, nunca falando alto com ela e sempre atendendo todos os seus desejos. Por isso, Deus recomenda que antes de casarmos deixemos de lado a condição emocional de filhos e filhas e assumamos a nova condição de maridos e esposas.

 O ato de ‘deixar’ não significa ‘abandonar’ mas desligar-se emocionalmente da dependência. Assim, é preciso que os problemas conjugais sejam resolvidos exclusivamente pelo casal e raramente comunicados a seus pais. Também é preciso que o casal não dependa financeiramente dos pais ou sogros para não criar comparações, recriminações e criticas desnecessárias. A decisão de casar-se implica em decidir pela autonomia financeira, afetiva e emocional em relação aos pais.

 Por outro lado, é preciso que os pais permitam esta autonomia, uma vez que quando os filhos decidem se casar isso põe a prova a própria situação conjugal dos pais. Se eles tem uma relação conjugal saudável, de amor , respeito e cumplicidade, a transição dos filhos para o casamento será tranquila. Mas se os pais abandonaram o papel conjugal e passaram a viver só para os filhos é possível que eles criem dificuldades, submetendo os filhos a um jogo emocional de dependência(idade avançada, enfermidades, situação econômica precária). 

O casal deve entender que precisa desconstruir a imagem carente de 'filhos' para assumir um novo papel de cuidadores, um do outro, e dos futuros filhos. È a transição da infância para a maturidade. Em breve eles terão de cuidar também dos proprios pais. Assim, o casamento ajustado é fruto de um amadurecimento emocional, onde deixamos de lado o desejo da infância e assumimos nossa responsabilidade como homens e mulheres, criando uma nova geração.

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