1.
3. Combater o Mau Humor.
“O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha”.
Além do aspecto da nudez física, quero expandir o sentido da palavra para a noção de 'falta': falta de bens, a ausência de melhores condições. Com exceção de alguns mais afortunados, a maioria dos casais começa a nova vida do zero: sem casa própria, com pouco dinheiro e sem luxo. O desafio é entender essa realidade como fase inicial do casamento, que ao longo dos anos vai possibilitando a melhora das condições.
Meu próprio casamento iniciou com uma casa alugada, duas poltronas velhas como sofá, um fogão doado de 3 bocas, uma velha geladeira reformada, um ano em que comemos chuchu de mistura, e um velho fusca 1966.
Quando o texto de Genesis diz que homem e mulher viram sua nudez, afirma que eles não se envergonhavam. A palavra hebraica para ‘vergonha’ significa “frustração” e “desapontamento”. Eva não ficou frustrada ao perceber que Adão estava sem roupa, sem dinheiro, sem casa própria, sem nenhuma garantia de futuro. Adão não se decepcionou ao ver que Eva não possuía dote algum de seus pais ou alguns atributos adicionais. O que os uniu foi a paixão, o amor, a sedução, o encanto.
Quantos casais adiam o casamento por anos porque acreditam que precisam ter todas as coisas para então se casar. E ás vezes por esperar demais o amor esfria, a relação perde o encanto, o desejo morre. Não estou advogando a irresponsabilidade e a falta de planejamento. Mas apenas descrevendo os dois riscos: o primeiro é casar sem nenhum planejamento: “Não construa a sua casa, nem forme o seu lar até que as suas plantações estejam prontas e você esteja certo de que pode ganhar a vida” - Proverbios 24.27. ; o segundo é demorar demais para casar: “A esperança adiada faz o coração ficar doente, mas o desejo realizado enche o coração de vida”. Proverbios 13.12.
Portanto, o terceiro ingrediente para uma união estável é o bom humor diante das dificuldades dos anos iniciais. Não lamente se você tem pouco, nem se torne intolerante com seu cojuge com as limitações financeiras. Aprenda a se alegrar com as conquistas e celebre cada experiência do casamento com alegria.
O que torna um casamento feliz não é a conta bancaria mas a atitude do casal se tornar cumplice na construção da familia, festejar cada degrau que ficou para trás e apoiar um ao outro nas horas difíceis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário