segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Três tipos de pessoas que encontramos pelo caminho.


“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.  Lucas 23.34.

                  Existem 3 grupos diante da cruz: os discípulos , presentes através de João e sua mãe, que sentem a dor e lamentam a perda do mestre querido; a multidão que zomba dele, apesar de ter recebido seus benefícios; e os soldados que estão interessados em dividir suas roupas. 
                     Estes 3 grupos representam os diferentes tipos de pessoas que encontramos na jornada da vida.

                 O grupo dos discípulos são aqueles que não nos abandonam nas horas mais difíceis e cruciais, que possuem um forte senso de lealdade a nosso respeito e participam do nosso sofrer. Estão conosco porque nos conhecem de fato e assistem nossas vitorias e fracassos, nossas horas de alegria e de ansiedade, torcem por nós para que tudo dê certo mas também nos incentivam a continuar em frente quando as coisas não saem como planejadas.         
                      Minha esposa e meu filho são pessoas assim, com quem eu posso contar, ser quem sou sem medo de rejeição, transparente sem que receie ser traído. Além deles, alguns amigos seletos, não muitos.


                        O grupo da multidão são os que zombam de Jesus apesar de terem recebido todo o bem e milagres que ele realizou, desde a multiplicação da comida para os famintos até incontaveis curas de enfermidades e a ressurreição de mortos. Esta multidão ouviu seus ensinos e sua oferta de salvação.
                        Este segundo grupo é formado por aqueles que, apesar de receberem a ajuda que lhes fizemos, retribuem com violência, maldade e injustiça. São pessoas dominadas pela ingratidão, narcisismo, cujo umbigo parece ser o centro do universo. Usam o que podem de você e depois lhe descartam como um bagaço de laranja.  
                        O que mais dói não é a ingratidão dos inimigos porque com esta já contamos, e sim aquela recebida de amigos que considerávamos parceiros a toda prova. Esta foi a experiência relatada por Davi, que, a respeito de um deles escreveu: "Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; mas logo você, meu colega, meu amigo chegado com quem eu partilhava agradável comunhão"(Salmos 55:12-14). Com este grupo, infelizmente, temos que nos relacionar de maneira cautelosa e preventiva, a fim de não sermos feridos desnecessariamente.


                                 O ultimo grupo é o dos soldados que querem disputar a roupa de Jesus tão logo ele dê o último suspiro. São aqueles que querem tirar proveito da instabilidade emocional que se abatem sobre as pessoas nas horas difíceis que elas atravessam.             
                               Lideres religiosos que se valem da dor do fiel para explora-lo financeiramente em troca de uma oração ou da promessa de um grande milagre. Homens que se aproveitam de mulheres instáveis emocionalmente para usa-las como objeto de prazer por uma noite de sexo.  
                                 Como urubus, ficam apenas esperando a hora para repartir os despojos. Não tem qualquer consideração, respeito, nem sensibilidade. São aproveitadores dos momentos difíceis que vitimam pessoas. 

                         Jesus lidou com estes 3 grupos, juntos, na cruz, na sua hora mais difícil. Qual foi sua reação?

                        Ele ora por todos, pedindo o perdão de Deus sobre eles, entendendo que suas reações somente expressavam a realidade de quem eles eram. A vitima não era Jesus, eram eles próprios , que se condenavam pelas atitudes que expressavam com o filho de Deus. 
                          Ele nos ensina, com o seu perdão, que é vitorioso sobre os interesseiros de plantão e sobre os falsos amigos. 
                         Eles é que acabam se punindo a si mesmos pela revelação estampada de seu verdadeiro caráter. Sim, porque mais dia, menos dia, sem que precisemos nos defender destes, a verdade vai aparecer e mostrar quem é quem.  
                             Por isso Jesus conseguiu perdoar a todos.  Perdoar é mais do que desculpar a alguém pelo mal que nos fez ; é não deixar que este mal nos influencie e nem molde nossa maneira de agir.
                           A ultima cena da cruz mostra Jesus confiando sua mãe aos cuidados do seu discípulo João. Ele pensou no futuro da sua mãe momentos antes de morrer.
                         Mas não pediu a ninguém da multidão, nem aos guardas, que fizessem isso. Apenas ao discípulo amado. 
                           Aprenda a revelar as coisas mais intimas e preciosas da sua vida apenas àqueles que  se mostrarem dignos de confiança. Podem ser poucos, mas são estes que, no fim das contas, você percebe que Deus acrescenta à sua vida nas horas mais necessárias e cruciais.


Um comentário:

  1. Muito bom ,poso dizer que já encontrei os 3 tipos em questão,a medida que li o texto infelizmente ou felizmente consegui visualizar todos...ABRAÇO EM TODOS AÍ.

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