terça-feira, 28 de agosto de 2012

A MATURIDADE DO AMOR.




“Deus é amor. Quando passamos a habitar permanentemente no amor, vivendo uma vida de amor, vivemos em Deus e Deus vive em nós. Assim, o amor tem o controle da casa, fica à vontade e amadurece em nós, e não temos mais preocupação com o dia do juízo – nossa situação no mundo é idêntica à de Cristo. No amor, não há espaço para o medo. O amor amadurecido expulsa o medo. Considerando que o medo causa uma vida vacilante e cheia de temores – medo da morte, medo do julgamento – podemos dizer que quem tem medo não está completamente aperfeiçoado no amor. Mas nós podemos desfrutar o amor – amar e ser amados, pois primeiro fomos amados; por isso, agora podemos amar. A verdade é que ele nos amou primeiro”.   1 João 4:17-19.

       João diz no texto que é o amor amadurecido que expulsa o medo. Porque o amor que vivemos nem sempre é maduro. 

     Ele é condicionado às respostas positivas, retribuições, sensações de prazer. Amamos porque esperamos ser amados. Amamos com base na troca, na expectativa da contrapartida. Se alguém não retribui o bem que fizemos pensamos em não ajudar a mais ninguém. 

          Se somos mal tratados quando ajudamos alguém nunca mais queremos ajudar. Quando as pessoas se retiram sem dizer pelo menos um ‘muito obrigado’ nos decepcionamos com a humanidade toda dizendo que não vale a pena amar. Esse é o amor infantil, imaturo.


        Esse tipo de amor sempre vai estar dominado pelo medo porque ele ama na expectativa de ganhar algo em compensação. O amor de Deus, no entanto, é adulto. Ele envia o sol e a chuva sobre maus e bons, sobre justos e injustos. Ele é capaz de amar os maus sem ter medo de ser ferido por eles. 

       Continua amando ainda que eles não o invoquem, nem reconheçam sua presença. O amor maduro ama não porque tenha amor para dar mas porque não sabe fazer outra coisa na vida. Não sabe odiar, não sabe punir, não sabe se vingar, não pode reter, nem segurar, nem limitar. 

     Já o medo opera pelo mecanismo da autodefesa - sempre age com base no instinto de preservação, e, ao fazer isso, recusa contatos, riscos, experiencias.O resultado mais perverso do medo é o ato dele excluir o amor. 

      O medo fecha mas o amor abre. O medo desconfia mas o amor acredita. O medo condena mas o amor absolve.  O medo pune mas o amor perdoa. O medo fere mas o amor cura. O medo foge mas o amor enfrenta. O medo se omite mas o amor participa. O medo teme a morte mas o amor celebra a vida.


     Se o amor maduro não amar sempre, indiscriminadamente, ele morre. Este é o amor de Deus – e como Deus é eterno, jamais morre, ele se perpetuará por toda a eternidade. O apóstolo Paulo diz em 1 Corintios 13 que 'o amor jamais morre'. 

           A decisão, em viver ou morrer, deixar uma marca e um legado, ou ser esquecido de todos, é uma decisão exclusivamente nossa. Podemos optar em viver o amor infantil ou viver o amor maduro. 

         A diferença entre o amor humano e o amor divino. O amor humano nunca se liberta do medo. O amor divino o mantém sob controle.

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