terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

È MORAL O QUE VOCÊ CHAMA DE LEGAL?

              


                'Muitos de vocês estão usando essa lei como desculpa para seu egoísmo e seus caprichos, fingindo que estão fazendo algo justo só porque é legal'.  Mateus 5.31-32.
               Já dizia Roberto Carlos: 'Tudo o que eu gosto é ilegal, é imoral, ou engorda'.
              A distinção entre aquilo que é legal e aquilo que é moral sempre foi clara. Costumava-se dizer que algumas coisas, mesmo sendo embasadas na lei nem por isso eram dignas de serem feitas porque afetavam a moral, os bons hábitos e os valores acumulados pelas gerações.
           tínhamos um lastro moral muito mais influente e isto servia de freio para determinadas posturas na vida pública e privada.
          Com a chegada da Era Contemporânea, no dizer de Zigmunt Baumann, nós trocamos o valor da segurança pelo principio da liberdade de tal maneira que nos importa mais, não a segurança das bases de sentido, justiça e integridade, mas sim, a possibilidade de testarmos a vida ao máximo em todas as suas possibilidades, e, por que não dizer, em todas as ofertas que transbordam à vontade sem nenhum recato e limite.
           Jesus no texto acima trata da lei do divórcio. E ele diz que já em seu tempo os homens usavam a lei da separação para justificar qualquer defeito que vissem na esposa, desde o descuido com a aparência até a ausência de dotes culinários. Tudo era motivo para se divorciar sem qualquer critério. Então ele levanta o lado moral da lei.
           E ele afirma que muitas pessoas preferem a lei do que a moral porque assim justificam seus caprichos e legitimam suas vontades. A lei não serve necessariamente para melhorar a conduta de ninguém. Ela é uma forma de dar respaldo à condutas humanas que não desejam viver por princípios e valores de Deus. 
          Hoje no Brasil temos leis para tudo o que antes era tido como imoral: lei para união civil de homossexuais; lei para beneficiamento financeiro de criminosos retidos na prisão; lei para proteger os políticos desonestos de serem condenados. Parece que a moral não é mais a normativa e sim os parágrafos e alíneas das leis.
          Há sempre como reinterpretar a lei conforme a conveniência. Mas se queremos ser honestos de fato temos que admitir que estamos nos afastando da vontade de Deus em prol das nossas cobiças. E o caminho para que Deus cure nosso coração se chama 'arrependimento'.
          È preciso trocar a desculpa e a justificativa pela decisão de corrigir o que está errado. Assim teremos a paz de verdade, fruto da coerência interna. Embora muitas coisas possam ser legais, nem sempre são morais. E o resultado de abraçar apenas o que é legal pode nos tornar frios e racionalistas, removendo a nossa sensibilidade ao Deus que nos criou.

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