CARTA
DE UM ADOLESCENTE DESCONHECIDO
‘Eu
vou contar para vocês uma parte da minha história.
Quando
eu era adolescente na região em que morava houve
um
ajuntamento de pessoas que se reuniram para escutar
o
mestre. Era assim que eles o chamavam.
Eu
estava jogando bola no campinho com meus amigos
e
comecei a ver aquele monte de gente aumentando.
Eu
não estava marcando nenhum gol mesmo, então resolvi
sair
do jogo, passar em casa e comer um lanche.
Como
não sabia quanto tempo a fala do mestre ia demorar
levei
comigo cinco pães e dois peixes fritos. O mestre falava
de
um jeito que era difícil não se emocionar.
Todo
mundo deixou o celular desligado e parecia que
não
tinha mais wifi funcionando. Eu não sei quantas horas se passaram.
Mas
eu soube que o mestre estava preocupado com a fome
do
povo. Muitos nem eram dali do meu bairro. Tinha gente
de
outras cidades.
Então
ele falou para seus ajudantes: ‘Vão dar comida para o povo’.
Os
ajudantes ficaram perdidos. Disseram para ele
que
era impossível conseguir tanta comida para cinco mil pessoas
de
uma hora para outra.
Então
eu me lembrei do meu lanche. Levei para os ajudantes do mestre.
Eles
agradeceram, mas ficaram meio desapontados. Eu tinha
certeza
de que o mestre ia fazer mais um dos seus milagres.
Ele
ergueu o meu lanche com as mãos, fez uma prece, e então
mandou
distribuir. Foi impressionante. Os pães e os peixes não
acabavam.
Deu até para repetir. E todos ficaram satisfeitos.
E
ainda sobraram 12 cestas cheias de pão. Perguntaram meu
nome.
Eu não quis dizer. Só quis ajudar. Tem certas coisas tão
valiosas
que a gente experimenta que nem quer postar no Instagram.
(baseado
em Mateus capitulo 14)
Caleb Mattos