“Preserva-nos perdoados por ti e perdoando os outros.
Guarda-nos de nós mesmos e do Diabo.” Mateus 6.12-13
Jesus nos motiva a crer
no poder do perdão de Deus. Ele pode nos conservar saudáveis e equilibrados no
meio do difícil processo que é viver num mundo onde tudo conspira para fazermos
as piores escolhas, a sofrermos por causa da culpa e a não termos bons
relacionamentos no convívio com os demais.
Quando erramos somos atacados por 3
acusadores implacáveis: nossa consciência; a sociedade; e o Diabo. Todos eles em
conjunto tentam nos convencer que provavelmente Deus removeu o seu olhar e se
recusa a nos ajudar nos nossos fracassos. Estes três acusadores desacreditam
da realidade do perdão não apenas declaratório, contido na maior parte das
afirmações da Biblia, mas no perdão efetivo conseguido pela morte de Jesus na
cruz justamente com a finalidade de redimir a cada um de nós de nossos pecados
e das consequências deles.
Por esta razão Jesus nos lembra da necessidade
constante de pedirmos perdão a Deus e de darmos o perdão a quem nos magoou. A ausência
de perdão escraviza a consciência e
aniquila qualquer possibilidade de prosseguir. Na parábola que Jesus ensina
sobre o assunto, o credor que não perdoa o seu devedor o lança na prisão até
que pague a divida. Mas como alguém pode pagar algo sendo obrigado a estar
preso, sem poder produzir nada?
Assim também a ausência do perdão nos coloca em
nossas cadeias emocionais nos fazendo acreditar que não teremos novas chances.
E assim fazemos com todos que não queremos perdoar. A oração de Jesus é muito
esclarecedora:
‘Guarda-nos de nós mesmos e do Diabo.’ Significa que diante dos nossos erros não
temos que olhar para nós mas para o Redentor que na cruz resolveu o problema da
iniquidade humana. E que quando alguém errar
conosco não podemos fazer o que o Diabo faz: condenar, punir, destruir a
reputação.
Precisamos perdoar como Deus faz conosco.
No filme “Cronicas de
Narnia”, o garoto Edmundo desrespeita as regras de Narnia. A feiticeira
conversa com o leão e lhe diz: “há um traidor aqui” e o leão responde: ‘Não foi
a você que ele ofendeu’. E decide morrer em lugar do garoto.
A quem de fato ofendemos ao pecar?
Não a nós, nem pessoas, mas principalmente a Deus. Davi adulterou com Bate Seba, mandou matar o seu marido, mas na sua oração do Salmo 51 ele diz: "Contra Ti pequei, contra Ti somente". Quando Deus lhe garante o perdão, Davi fala novamente de alegria, de paz, de serenidade. Ele não tenta se punir para se redimir; não culpa a ninguem mais nem fica ressentido com o que aconteceu. Se apropria de fato do perdão de Deus e supera aquela fase ruim da sua vida.
Precisamos viver mais o perdão e menos a culpa. Tanto em relação a nossos atos como em relação aos erros que outros cometem contra nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário