quarta-feira, 21 de maio de 2014

Brisa suave.



"E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave" - 1 Reis 19:12.
Me pus a refletir na experiencia do profeta Elias, à porta da caverna, quando fugia da sua vida.

 Ele ouviu diversos sons marcados por elevado volume, tremores, ventos que despedaçavam tudo. Enquanto estes sons lhe eram ouvidos ele permanece no interior da caverna, trancado e indisposto.

 Mas de repente vem uma brisa suave, terna, afetuosa, que sopra e que, de alguma forma, o arrasta para fora e o faz reconhecer nela a Deus, que logo vem falar com ele.

Quanta falta faz uma brisa suave...
Quantos altos volumes temos que suportar diariamente, nos levando a suportar o que precisamos fazer mas com uma sensação de que a caverna parece mais atrativa e menos ameaçadora.

Repetimos para nós mesmos o tempo todo a necessidade da força, da resistência, da coragem, da fé que move montanhas. Essas coisas nos levam a crer que é isso que de fato nos torna quem hoje somos e que na atitude de lançar em nossas cavernas internas o que sentimos teremos a garantia de que tudo ficará pelo menos sob controle.

O que vemos no texto é que Deus foi aonde Elias estava. Deu-lhe pão, água e sono. Elias descobre nas coisas simples da vida como o comer, o saborear, algo que há muito não desfrutava na sua intensa agenda em prol do Reino. 

Caminhamos tanto tempo pensando em nossa utilidade que desprezamos até o fato da nossa humanidade. 
Mas quando chega a caverna ficamos sós com nossos pensamentos, sentimentos e inquietações. De alguma forma, porém, a brisa vai soprar. 

Seja por meios convencionais ou não; de lugares e pessoas até inesperadas. A brisa traz de volta a vontade de ver a luz do sol, contemplar a vida, sonhar com um futuro melhor.
Que a brisa do amado Deus sopre hoje sobre todos nós.

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