quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O amor não é deste mundo.



‘Sabemos quanto Deus nos ama e confiamos em seu amor’         (João, o discipulo amado).
Ah, o amor...

Tão fácil no verbo, mas tão difícil na experiencia. Isso porque, embora ele seja aquilo que existe de mais poderoso para curar doenças do mundo e dos seres em individualidade, é tão bom que se torna quase inacreditável. Sim, pergunte a quem já foi ferido por amar ou a quem nunca o foi de fato. Ele parece coisa de outro mundo.

E, na verdade, ele é. Amor não é daqui. Ele está inserido numa categoria extraterrestre. Existe aqui, mas como reflexo mínimo do seu potencial enorme e ilimitado lá de cima. Aqui nós o provamos com certo cuidado quando de fato o conhecemos e acho até que não suportaríamos a sua intensidade plena. Seria demais tentar colocar o Todo numa parte. 

Acredito eu que a dificuldade com aquilo que nós chamamos de ‘amor’ seja exatamente provarmos algo falso. Muitos de nós falamos de um amor que é cópia, mas não o original. E cópia não tem exatamente valor e poder terapêutico. Por isso é que precisamos autenticar toda copia em cartório. O fato de termos de provar amor a alguém já mostra que isso não é amor. Se for original não precisa ser provado.

Mas, como Deus conhece nossos medos (o maior inimigo do amor é o medo) ele, ainda assim, prova seu amor para conosco. Prova não porque precise e sim porque eu e você precisamos. Eu disse ‘seu’ amor, o dele. Porque ele sabe que não acreditamos muito nessa palavra e gesto, neste sentimento e vivencia. Então ele resolveu colocar nossas culpas e pecados sobre a pessoa do seu Filho, Jesus. Ele nos amou tanto que morreu por nós pagando toda nossa dívida, culpa e tudo o mais que nos enlouquece. Deus e Jesus são aliados de amor. Fizeram juntos isso em absoluta concordância num amor que não dá mesmo para decifrar.

Não dá para decifrar, mas dá para experimentar. João, que escreveu o texto do topo foi o que mais redigiu sobre essa coisa bonita do amor. Cinco livros do Novo Testamento são dele. E nos cinco ele fala, adivinha sobre o que?  Só podemos saber o quanto Deus nos ama provando amor.  E só somos curados de toda moléstia da condição humana confiando no amor de Deus. Não se trata de repetir mantras sobre amor. Não é aquela ‘coisa bonitinha’ de falar que se sente amado sem jamais ter confiado. Amor e confiança são gêmeos. O que você vê em um, enxerga no outro.

Mas o amor genuíno, incondicional e que é derramado dentro de nós, maior do que nossa existência, infinito, é fruto de uma aliança de Deus com indivíduos que entram com ele nesse enlace de fé e confiança. M.Scott Peck, em sua obra ‘Um mundo esperando para nascer’ comenta que Deus faz aliança sempre com pessoas, nunca com instituições. Porque as instituições, como governo, família, igreja, ONGs, ora estão a serviço de Deus, ora estão contra ele. Dizer que Deus defenderá uma Instituição em detrimento do individuo é mentir sobre quem ele é.

E mesmo quando a Instituição falhar ou acabar, porque esta é a sua condição própria, é possível sobreviver ao fim dela. E sobreviver, aliás, a qualquer tragédia da vida. Diz o salmista no capitulo 27 do Livro: ‘Se meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor me acolherá’.  Deus faz alianças o tempo todo com quem estiver disposto a receber amor e estiver disposto a confiar nele. 

Desejo que você seja amado. Mas se o amor daqui não for bom e saudável, se criar feridas e memorias melancólicas, abrace o amor lá de cima. O amor que vem do alto tem feito milagres extraordinários ontem, hoje e sempre.
Caleb Mattos.

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