‘Ele
colocou um senso de eternidade no coração humano’(Eclesiastes 3:11)
O
texto que você leu acima é uma reflexão sobre o tempo. Nele aparecem as
palavras ‘tempo’, ‘momento’ e ‘eternidade’.
Cada
uma destas medidas compõem o mosaico da experiencia humana: nascer e morrer;
plantar e colher; matar e curar; derrubar e construir; chorar e rir;
entristecer-se e dançar; espalhar e ajuntar; abraçar e afastar-se; procurar e
deixar de buscar; guardar e descartar; rasgar e remendar; calar e falar, amar e
odiar, guerra e paz.
O
tempo é aquele decreto fixo determinado pelas horas e anos. Dizemos que o tempo
não espera, ele é veloz e uma vez que passou nada mais resta a fazer.
Quanto
ao momento, o chamamos de oportunidade. São aquelas visitas do instante em que
algo extraordinário acontece e surpreende, trazendo alegria e abrindo o
sorriso, instalando a festa. Nosso desejo é congelar esse visitante da boa nova
para que ela não mais tenha fim.
Sobre
a eternidade, porém, é preciso dizer que ela é a melhor medida e a mais
importante. Porque eternidade é transcendência sobre o tempo e o instante.
Receber a eternidade é ver tudo com os olhos da garantia de que não haverá mais
luto, nem morte, nem pranto e nem dor. Tudo terá passado.
Deus
instalou em nós esse chip da eternidade. Nós a percebemos quando paramos o que
estamos fazendo para ver o por do sol. Aquela visão nos desliga de tudo e é
como se fossemos levados ao céu, experimentando algo que vai além das repetidas
preocupações diárias e das palavras de definição.
Eternidade é a aquisição da consciência de que
não fomos feitos para o limite, de que este mundo é pequeno diante daquele que
é a nossa origem.
Não
achei até hoje metáfora mais adequada do céu do que o útero materno. Um espaço
de calor, segurança, providencia e acolhimento. A presença de Deus é como útero.
Aproveitar
bem o tempo é fundamental.
Celebrar
as oportunidades com alegria é não perder a mágica do inédito.
Mas
viver a eternidade é encontrar em meio ao torvelinho aquele que acalma os ventos,
que abre os olhos. Visão da beleza, plenitude da paz.
Caleb Mattos
Gostei das colocações sobre tempo, momento e eternidade! É bem assim mesmo, mas a eternidade pra mim é aquele momento que nos tira do Chronos e nos leva ao Kairós, só sabe quem já experimentou. Tenho experimentado e ele é seguido de muito aprendizado.
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