terça-feira, 18 de outubro de 2011
Que índice mede a sua vida?
Existe, em nossa cultura, uma preocupação obsessiva para reduzir o IMC, Índice de Massa Corporal, por razões estéticas.
Somos herdeiros do pensamento grego do culto ao corpo, e quanto mais tecnologia produzimos mais pressionados somos a nos enquadrar em medidas que nos são impostas pela cultura vigente, pelo Mercado, pela mídia ou até por neuroses próprias em nos enxergarmos como o 'patinho feio' do universo.
Os gregos cultuavam Afrodite ou Vênus, a deusa da perfeita beleza, que nasceu no mar, fruto dos testículos do deus Céu, arrancados por seu filho numa luta.
A fecundação do mar fez surgir a linda deusa Vênus, ou Afrodite, conforme o nome que lhe deram os gregos, que dos pés à cabeça, era o paradigma da perfeição e do ideal.
Em Corinto, o seu culto exigia a promiscuidade com a intenção de, no ato sexual, o adorador, adquirir parte da beleza da deusa em seu próprio corpo.
As sacerdotisas de Vênus se promiscuíam com homens e mulheres prometendo lhes transmitir a semente da juventude perpétua e de beleza duradoura.
O apostolo Paulo passa por aquela cidade e anuncia o único e verdadeiro Deus personificado em seu Filho, Jesus Cristo.
Muitos daquela cidade se convertem à nova fé, e deixam de lado essa veneração por Vênus.
Passam a adorar somente Deus e seu Filho.
Para eles, Paulo escreve: "O corpo de vocês é santuário do Espírito Santo, que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus".
( 1 Coríntios 6:19 ).
Eles passam por uma mudança profunda e radical.
Deixam de se medir pelo ideal da beleza que é efêmera e começam a cultivar uma beleza interior, que é própria da ação do Espirito Santo em seus corações: amor-alegria-paz-paciência-bondade-fidelidade-mansidão-autocontrole.
Os corintios convertidos a Jesus Cristo usam outra fita métrica : a do coração, aquela que complementa a beleza física.
Sem ela, qualquer modelo de passarela é apenas um corpo bonito, desfilando por alguns minutos diante de uma platéia.
Nada mais.
Nós somos forçados diariamente a nos enquadrarmos em padrões ditados pela cultura quanto ao que é beleza.
Chegamos até a acreditar na fantasia da fonte da juventude. Queremos sempre aparentar menos idade do que temos.
Travamos uma luta de titãs com a balança.
Mas, será que este é o único índice de verdadeira beleza?
Deus quer nos conduzir a uma outra via : a do coração, da alma, da interioridade.
O chamado a cultivar o fruto do Espirito em nossas relações e contatos.
Para que o segredo da nossa beleza seja mais do que um creme, um novo medicamento ou uma tarde gasta no salão de estética.
Essas coisas não podem nos dar paciência; não nos tornam mais tolerantes; não geram amor; nao trazem a paz.
O unico poder que a fita métrica tem é indicar números.
Ela pode somente revelar medidas.
Mas a medida do coração de uma pessoa aparece quando ela fala; quando se expressa; quando se relaciona.
Talvez seja hora de começar a frequentar o 'spa' da alma : o contato com Deus, que na quietude e na solidão de um encontro diário, vai reduzindo nossas 'gorduras' nocivas da ira, da intolerância, da impaciência, da mediocridade.
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