Você gosta de mudar?
No livro bíblico de Neemias, o líder que reconstruiu a
cidade de Jerusalém depois do exílio israelita na Babilônia, existe uma
passagem interessante sobre a necessidade de mudança.
Quando um novo templo é construído no lugar das ruinas do
antigo, o povo que ali está congregado para a dedicação do prédio, fica
dividido em dois grupos.
Um dos grupos celebra, comemora, louva e festeja. O segundo
grupo, chora, lamenta e não acha nada bom.
Adivinha de que categoria de pessoas era feito o segundo
grupo? Isso mesmo, os mais velhos.
Quando a gente envelhece bate um saudosismo da eras áureas
do passado.
Lembramos da infância, da casa dos pais, das brincadeiras
inocentes com amigos, do tempo livre e da imutável rotina.
Ao lembrar queremos, se nos fosse possível, entrar numa
maquina do tempo e ficar lá de novo para sempre.
Mas o fato é que a vida sempre muda.
E não do jeito que esperamos.
Quando as mudanças chegam a primeira coisa que acontece é o
medo do novo. Porque conhecemos tudo que nos é familiar, entrar por uma porta
onde um novo tempo nos aguarda pode ser motivo de muita ansiedade.
A novidade pode ser boa, ou não. Pode ser uma novidade que
nos faça subir de nível, ou, simplesmente, a novidade de ter que lidar com
alguma coisa valiosa demais que perdemos.
Que o diga Jó com suas questões, se mudar não é algo difícil.
Mas não precisa ser impossível.
Eu acho que a mudança na vida é como uma metamorfose. Porque
no fim das contas a vida é assim mesmo.
Nós vamos passando de fase em fase e cada uma delas nos
torna melhores do que fomos ontem. Se fosse perguntado á borboleta ela jamais
diria que gostaria de voltar a rastejar pelo chão. Porque voar e pousar em
flores é muito melhor do que engolir poeira e correr o risco de ser pisoteada.
A mudança é a transformação de um estado em outro. Não se
pode vê-la como o fim mas como um recomeço.
Tudo vai mudar mas
essa é a expectativa de todos nós sempre. Porque ao mudar nos reinventamos, nos
redescobrimos, tiramos da gaveta projetos empoeirados, sonhos abandonados e
capacidades desconhecidas.
Não tenha medo de mudar, até porque mudança é inevitável.
Peça coragem a Deus
para se adequar aos novos tempos e agradeça a Ele porque finalmente pode estar
surgindo uma grande chance na sua vida para realizar aquilo que antes era
somente fantasia.
Mude junto com as mudanças.
Rubem Alves conta a historia do milho de pipoca. Quando o
óleo esquenta, o milho se abre e se converte em deliciosa pipoca saciando a
fome de muitos.
O que era duro ficou saboroso mas foi preciso passar pelo
calor.
Tem gente, porém, que não quer mudar. Para estas pessoas o
calor da vida não é fator positivo mas somente negativo. Eles não mudam, viram
piruá, duro como milho. Não alimentam ninguém, são postos de lado.
Não permita que as mudanças o deixem frio, insensível e
amargo.
No fim das contas quem aceita mudanças se torna uma bênção
para muitos e um instrumento afinado nas mãos do amado Salvador.
Caleb Mattos.
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