O legado destas Olimpíadas não é o ineditismo de um pais sul-americano
ser o primeiro a sedia-las. Nem mesmo um legado econômico, político, ideológico
ou estrutural arquitetônico.
O verdadeiro legado é, como sempre deveríamos lembrar, o
legado humano. Atletas de todas as nacionalidades dando um exemplo de
convivência, amizade, companheirismo, solidariedade e amor fraterno.
Uns ajudando outros, mesmo quando competindo ambos, um
caindo levantando o companheiro e terminando juntos a corrida. Abraços entre
vencedores e perdedores. Respeito mútuo e atitude madura frente ás diferenças políticas,
sociais e econômicas.
Um banho de civilização em meio a um lar de lama que
atravessa o Brasil. Os governantes não puderem sequer concluir uma frase sem a
merecida interrupção das vaias populares. Não puderam falar na abertura, não se
arriscarão a fazê-lo no encerramento.
O esporte tem essa capacidade de unir o que outras
instâncias se mostraram incapazes. Porque mais do que competições, o que vimos
foi um espetáculo de arte, de sorrisos, de gestos afetivos e de sonhos por uma
humanidade pacificada.
Mesmo as emissoras de televisão se mostraram ridículas. As
três abertas o tempo todo faziam questão de dizer que ‘nossa emissora acompanha
e apoia o atleta fulano desde a primeira olimpíada’. Algumas faziam exigências
e pressões sobre os atletas falando da ‘obrigação’ de ganharem, como se fosse
delas meros funcionários.
Mas nem a política suja nem a mídia tola foram capazes de
obscurecer o brilho deste evento mundial. Os atletas, a torcida, o povo, enfim,
se mostraram os genuínos e autênticos atores desta comemoração humana e
solidária. Gostei demais e vibrei mesmo com nossos medalhistas militares
batendo continência à bandeira no pódio. Até que enfim nosso Brasil está
voltando ás mãos da Lei, da Ordem e do povo.
Vibrei, sobretudo, com os atletas que em momento algum
sentiram vergonha de afirmar sua fé cristã diante do mundo inteiro. De Michael Phelps a Gabby Douglas, Ryan
Hall, Kevin
Durant, Sanya
Richards, Leandro
Vissoto, Thaisinha, todos puderam dar entrevistas manifestando sua fé em Cristo
e a importância dele em suas carreiras.
Por tudo isso, acredito que valeu a pena o Brasil sediar os jogos.
Não teremos legado financeiro, nem político, nem midiático.
Temos sim, desde já, o mais importante legado – o de homens e mulheres
cheios de vida, que amam o que fazem e que amam pessoas.
Caleb Mattos.
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