quinta-feira, 18 de agosto de 2016

QUAL É O LEGADO DAS OLIMPÍADAS DO RIO?





O legado destas Olimpíadas não é o ineditismo de um pais sul-americano ser o primeiro a sedia-las. Nem mesmo um legado econômico, político, ideológico ou estrutural arquitetônico.

O verdadeiro legado é, como sempre deveríamos lembrar, o legado humano. Atletas de todas as nacionalidades dando um exemplo de convivência, amizade, companheirismo, solidariedade e amor fraterno.

Uns ajudando outros, mesmo quando competindo ambos, um caindo levantando o companheiro e terminando juntos a corrida. Abraços entre vencedores e perdedores. Respeito mútuo e atitude madura frente ás diferenças políticas, sociais e econômicas.

Um banho de civilização em meio a um lar de lama que atravessa o Brasil. Os governantes não puderem sequer concluir uma frase sem a merecida interrupção das vaias populares. Não puderam falar na abertura, não se arriscarão a fazê-lo no encerramento.

O esporte tem essa capacidade de unir o que outras instâncias se mostraram incapazes. Porque mais do que competições, o que vimos foi um espetáculo de arte, de sorrisos, de gestos afetivos e de sonhos por uma humanidade pacificada.

Mesmo as emissoras de televisão se mostraram ridículas. As três abertas o tempo todo faziam questão de dizer que ‘nossa emissora acompanha e apoia o atleta fulano desde a primeira olimpíada’. Algumas faziam exigências e pressões sobre os atletas falando da ‘obrigação’ de ganharem, como se fosse delas meros funcionários.

Mas nem a política suja nem a mídia tola foram capazes de obscurecer o brilho deste evento mundial. Os atletas, a torcida, o povo, enfim, se mostraram os genuínos e autênticos atores desta comemoração humana e solidária. Gostei demais e vibrei mesmo com nossos medalhistas militares batendo continência à bandeira no pódio. Até que enfim nosso Brasil está voltando ás mãos da Lei, da Ordem e do povo.

Vibrei, sobretudo, com os atletas que em momento algum sentiram vergonha de afirmar sua fé cristã diante do mundo inteiro.  De Michael Phelps a Gabby Douglas, Ryan Hall, Kevin Durant, Sanya Richards,  Leandro Vissoto, Thaisinha, todos puderam dar entrevistas manifestando sua fé em Cristo e a importância dele em suas carreiras.

Por tudo isso, acredito que valeu a pena o Brasil sediar os jogos.
Não teremos legado financeiro, nem político, nem midiático.
Temos sim, desde já, o mais importante legado – o de homens e mulheres cheios de vida, que amam o que fazem e que amam pessoas.
Caleb Mattos.

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