‘Ainda
que dizes que não o vês, a tua causa está diante dele; por isso, espera nele’ (Jó
35:14).
Ver
ou ser visto?
No campo da ciência a prerrogativa é o primeiro
verbo. Tudo é constatado pela razoabilidade e existem meios de comprovação mediante
analise. O olhar aguçado do observador submete tudo a teses, antíteses e sínteses.
O produto obtido recebe certificado, carimbo, garantia de eficácia comprovada.
O
campo da fé utiliza o segundo verbo. Somos fruto do design inteligente, mas a
finalidade da existência não é nos submeter ao microscópio, nem avaliar a resistência
dos materiais que compõem a nossa estrutura. O projeto que saiu da planilha da
eternidade não se destina a fazer de nós commodities que rendam muito no mercado de ações.
A vida é um fim em si mesmo. Não é pautada
pelo quanto se vale, mas pelo objetivo do que veio a ser.
Queremos
ter certeza de que somos vistos e ouvidos. Tomé padecia do mal comum da condição
humana. Mas felizes são os que não viram e creram.
A
confiança traz o sossego que se ampara em ser visto. Nossa causa está diante
dele. Orações são as listas que organizam o trabalho diário do céu. Nenhum caso
ali é arquivado sem solução.
Não
imagine que sua lista está embaixo de um volume incontável de outras mais
antigas. Não faltam no gabinete de Deus funcionários em tempo integral. É só
esperar nele.
Não procure motivos para crer. Você não encontrará
nenhum. Crer é ir além das evidencias mensuráveis. É o abraço afetivo da alma
com quem ela mais ama.
Caleb
Mattos
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