segunda-feira, 7 de junho de 2021

O ABRAÇO DA ALMA.

 



‘Ainda que dizes que não o vês, a tua causa está diante dele; por isso, espera nele’ (Jó 35:14).

Ver ou ser visto?

 No campo da ciência a prerrogativa é o primeiro verbo. Tudo é constatado pela razoabilidade e existem meios de comprovação mediante analise. O olhar aguçado do observador submete tudo a teses, antíteses e sínteses. O produto obtido recebe certificado, carimbo, garantia de eficácia comprovada.

O campo da fé utiliza o segundo verbo. Somos fruto do design inteligente, mas a finalidade da existência não é nos submeter ao microscópio, nem avaliar a resistência dos materiais que compõem a nossa estrutura. O projeto que saiu da planilha da eternidade não se destina a fazer de nós commodities que rendam muito no mercado de ações.

 A vida é um fim em si mesmo. Não é pautada pelo quanto se vale, mas pelo objetivo do que veio a ser.

Queremos ter certeza de que somos vistos e ouvidos. Tomé padecia do mal comum da condição humana. Mas felizes são os que não viram e creram.

A confiança traz o sossego que se ampara em ser visto. Nossa causa está diante dele. Orações são as listas que organizam o trabalho diário do céu. Nenhum caso ali é arquivado sem solução.

Não imagine que sua lista está embaixo de um volume incontável de outras mais antigas. Não faltam no gabinete de Deus funcionários em tempo integral. É só esperar nele.

 Não procure motivos para crer. Você não encontrará nenhum. Crer é ir além das evidencias mensuráveis. É o abraço afetivo da alma com quem ela mais ama.

Caleb Mattos

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