segunda-feira, 14 de junho de 2021

VENTOU, VENTEI!

 



‘O vento sopra onde quer. Assim como você ouve o vento, mas não é capaz de dizer de onde ele vem nem para onde vai, também é incapaz de explicar como as pessoas nascem do Espirito’(João 3:8)

O desejo do vento nunca é frustrado. Se pauta pela autorregulamentação soberana e não se limita a nada.

Nem a definições, nem a dogmas, nem a crenças subjetivas. Atropela expectativas, ri das previsões humanas, observa atento o que se passa em todo o planeta. O vento assume direção autônoma e submete a todos.

Regidos por ele notamos cedo ou tarde que lhe oferecer resistência é garantia de risco. Desde planos de vôo até cruzeiros no mar sabem disso por experiencia. Tudo se dobra a ele pois sua passagem é certa.

Do vento ouvimos o som, mas jamais poderemos dizer a ele como fazer o seu percurso. Ele varre as folhas, movimenta as nuvens, assobia e gira. Marca sua presença todos os dias e garante alternância de estações, trazendo as chuvas e limpando o céu.

O vento leva o que se foi e traz o que será. Apaga o que foi escrito na areia e produz a energia que abastece as moradas.

Os gregos o chamavam de ‘pneuma’. O ar em movimento. O hálito que mantem a vida, aquele que sustenta o folego. Nele vivemos, nos movemos e existimos. O Espirito. A centelha que nos recria, Deus presente em nós.

Caleb Mattos

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