terça-feira, 8 de maio de 2018

O melhor da vida está nos intervalos.



Deus não criou o mundo em um dia.

 Foi preciso que após um determinado período (ou eras) houvesse um tempo de repouso. Isso fica claro na constante declaração presente na narrativa do Genesis: ‘E viu Deus que ficou bom’.

Este comentário aparece todos os dias, após algo ser criado. O ato de ‘ver’ aponta não para uma atividade da visão, mas para um gesto de apreciação. Ver é contemplar, admirar, deter-se para celebrar. Independentemente do fato de você crer ou não em Deus essa é a ordem de todas as coisas que existem, inclusive é a ordem que sua vida deveria seguir.

Somos pressionados pelo tempo cronológico a encaixar a nossa existência dentro de uma agenda e também no limite de ponteiros, de manhã à noite. Acostumados a esta ditadura da urgência queremos que eventos que não dependem de um tempo marcado aconteçam dentro dos minutos que estabelecemos.

E nos frustramos com frequência porque não entendemos que o princípio é: ação-repouso-contemplação-ação. Nos movemos de atividade em atividade e nem desfrutamos o que fizemos ou atingimos e de novo nos lançamos á maquina do ativismo, sem nos perguntarmos qual o sentido de viver assim.

Pense em tudo o que diz respeito ao seu cotidiano seja no campo profissional, familiar e afetivo. Se não obedecer ao período de descanso para admiração você vai envelhecer como o homem que Salomão apresenta e que diz no fim dos seus dias: ‘Não tenho prazer nenhum em viver’.

Grande parte das pessoas corre enquanto é jovem pensando em preparar seu futuro para só lá então, quando ele chegar, desfrutar a vida. Mas, quem sabe o dia de amanhã? A Escritura diz que ‘somos como neblina, que aparece e logo dissipa’.  Por isso, altere seu padrão de funcionamento para o modelo natural feito pelo Criador. Afinal, são nos intervalos que as coisas mais bonitas da vida acontecem.

Caleb Mattos.

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