terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

FELIZES SÃO OS PUROS DE CORAÇÃO


A gente devia ler mais sobre Felicidade. Porque no fundo é este o tema mais recorrente que nos interessa. Interpretar a vida, ou entende-la tem se mostrado ás vezes ineficaz no que diz respeito á contentamento da nossa alma.

Nem sempre ter a resposta do que nos aflige, conforta. Se tudo se resumisse a entender o ‘por que’ das coisas o Google seria a solução do antigo enigma da esfinge: que animal, afinal, é esse? Os gregos achavam que a Sofia ou a integração com o Todo universal era a única saída. ‘Conhece-te a ti mesmo’, pensavam eles, salva.

Mas e quando eu me conheço tanto e não gosto do que conheço de mim, o que eu faço? De forma que resposta nem sempre é tudo. Jesus deu uma alternativa: ser feliz. E para ele um dos caminhos (porque depois ele vai falar de várias outras fontes da Felicidade) é a pureza do coração. Não sem motivo ele disse aos que o seguiam para se tornarem como as crianças.

Ver a vida com a pureza da leitura de uma criança é conseguir ver o belo, o sinal daquilo que mostra que existe algo de Deus em tudo que nossos sentidos apreendem. È uma chatice ficar ouvindo gente que só fala de coisa que não presta, que não alivia, que não constrói nada. Filosofar sobre a desgraça, então, pior. Concluir que a gente não passa de um enredo kafkiano, uma barata asquerosa, com certeza eu passo.

Luc Ferry diz que ‘quando você vai tomar banho de mar, quando põe a máscara para observar peixes, você não mergulha para mudar as coisas, ao contrário, mergulha para admira-las e ama-las’. Falta em nossa agenda um pouco mais de admiração, pedir a Deus a capacidade de achar beleza e encanto naquilo que vemos, ouvimos e sentimos. Puro de coração é quem escolhe converter seu olhar para o fato de que ‘tudo que Deus criou é bom e deve ser recebido com ação de graças’. De forma que Felicidade está mais para o ‘como’ do que para ‘o que’.
Caleb Mattos.


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